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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Um Promotor de Justiça pode fiscalizar o Bolsa Família?

Até a decisão do STF, acreditava-se que somente o Ministério Público Federal poderia fiscalizar o Programa Bolsa Família




Por Welliton Resende*


Este é um debate interessante travado por mim e mais alguns colegas do parquet maranhense. Tendo em vista que os recursos transferidos diretamente às famílias e às prefeituras na forma do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) serem federais, acreditava-se que a competência para a sua fiscalização seria exclusiva do Ministério Público Federal (MPF).


Assim, boa parte dos colegas promotores e promotoras de Justiça atuam somente no registro do casos denunciados pela população e enviam posteriormente os achados ao MPF, em tese o órgão com a prerrogativa de fiscalizar o PBF, para que sejam formuladas as denúncias à Justiça.

No entanto, em recente decisão sobre Conflito Negativo de Atribuições- MPF versus MPE, o Supremo Tribunal Federal (STF) , em um caso envolvendo a fiscalização da CGU em várias programas federais, inclusive o Bolsa Família, no Município de Pirangi/SP, decidiu o seguinte:

“Assim, toda vez que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal, figurarem em um dos pólos da relação processual na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, salvo nos casos ali previstos, a competência é deslocada para a Justiça Federal. Entretanto, se a ação for voltada à exigência do cumprimento de um dever exclusivo do Município, não atuando o Ministério Público Federal em nenhuma das formas citadas no dispositivo constitucional, a atribuição será do Ministério Público Estadual.

Pelo exposto, conheço do presente conflito para determinar a atribuição do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Estado de São Paulo para apurar as irregularidades apontadas pela Controladoria-Geral da União no Município de Pirangi/SP.” (Min. Dias Toffoli).

Nesse sentido, como competências exclusivas do município na gestão do PBF temos: 

• constituir coordenação composta por representantes das suas áreas de Educação,

Saúde e Assistência Social e Segurança Alimentar, quando existentes, responsável

pelas ações do Programa Bolsa Família, no âmbito municipal;

• proceder à inscrição das famílias pobres do município no Cadastro Único;

• promover ações que viabilizem a gestão intersetorial, na esfera municipal;

• disponibilizar serviços e estruturas institucionais, da área da assistência social, daeducação e de saúde, na esfera municipal;

• garantir apoio técnico-institucional para a gestão local do programa;

• constituir órgão de controle social nos termos do art. 29 do Decreto 5.209/2004;

• estabelecer parcerias com órgãos e instituições municipais, estaduais e federais,

governamentais e não governamentais, para oferta de programas sociais complementares; e,

• promover, em articulação com a União e os estados, o acompanhamento do cumprimento das condicionalidades.

Destarte, pelo caráter dessas atribuições, à luz da decisão do STF, cabe  a tutela do Ministério Público Estadual (MPE). Ou seja, o promotor de Justiça local tem a prerrogativa de, inclusive, propor ações penais, cíveis e administrativas nos atos de irregularidades praticados no PBF.

Ressalte-se que tal entendimento consta ainda de Acordo de Cooperação Técnica que criou, em 2005, a Rede Pública de Fiscalização do Programa Bolsa Família e atribuiu aos MPE's outras prerrogativas como a de realizar diligências  e apoiar a identificação e o acesso ao Bolsa Família das pessoas que cumprem os critérios de elegibilidade do Programa. 


Resende* é auditor da CGU e coordenador do Núcleo de Ação de Prevenção à Corrupção da CGU/MA.

terça-feira, 25 de junho de 2013

MPF/MA move ação de improbidade contra prefeita de Mata Roma

Segundo o MPF, entre 2005 e 2009, foram cometidas irregularidades em processos licitatórios do município que resultaram no desvio de aproximadamente R$ 300 mil

 
Carmen Neto, prefeita de Mata Roma

O Ministério Público Federal no Maranhão moveu ação de improbidade administrativa contra a prefeita do município de Mata Roma, Carmem Silva Lira Neto, o ex-secretário municipal de finanças e gestão administrativa, Raimundo de Morais Aguiar, o ex-secretário e a ex-membro da Comissão Permanente de Licitação, Alcenir Marchão de Carvalho e Francisleide Coutinho Garreto, o ex-pregoeiro oficial do município, Fernando César Beliche Alves, e as empresas L. Lopes Lima Comércio e Distribuidora de Medicamentos Ltda., por conta de irregularidades em programas governamentais executados entre 2005 e 2009.

As irregularidades ocorridas durante a gestão anterior da prefeita Carmem Silva – reeleita nas eleições de 2012 – foram identificadas em auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU), em maio de 2010. A auditoria constatou que houve irregularidades na administração de recursos provenientes do Piso de Atenção Básica Fixo – Saúde da família (PAB-Fixo) e do Programa de Assistência Farmacêutica – Atenção Básica. Segundo o MPF, foram desviados R$ 287.944,84 repassados ao município pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Quanto à administração dos recursos do PAB-Fixo, a CGU identificou fraudes em procedimentos licitatórios da modalidade pregão (para aquisição de combustível), convite (para aquisição de medicamentos e imobiliário) e dispensa de licitação, para compra de medicamentos.

Foi constatado que, no pregão, houve favorecimento da empresa C. S. de Carvalho – Combustíveis, com participação do ex-pregoeiro Fernando César Beliche Alves e dos integrantes da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Raimundo Morais Aguiar, Alcenir Marchão de Carvalho e Francisleide Coutinho Garreto. No convite para aquisição de medicamentos e imobiliário, houve favorecimento da empresa L. Lopes Lima Comércio (que não possuía requisitos necessários para habilitação no certame), também com a participação dos ex-membros da CPL de Mata Roma e a chancela da prefeita Carmem Silva.

A CGU também constatou que a dispensa de licitação para compra de medicamentos (que resultou na contratação da Distribuidora de Medicamentos Ltda.) foi praticada em desacordo com a Lei de Licitação.

Já na administração dos recursos do Programa de Assistência Farmacêutica, foram identificados indicativos de fraude, com prejuízo para o erário. Para o MPF, ainda que a prefeita não tenha conduzido diretamente os procedimentos, ela foi omissa na verificação da regularidade das licitações. Na ação, promovida pelo procurador da República Juraci Guimarães Júnior, o MPF requer a condenação da prefeita, dos ex-gestores e das duas empresas por atos de improbidade, configurados no artigo 12 da Lei nº 8429/92, que prevê a perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos, ressarcimento ao erário, multa e proibição de contratar com a administração pública. Quanto ao aspecto penal, como a prefeita goza de foro privilegiado, foi encaminhada uma cópia do procedimento à Procuradoria Regional da República em Brasília/DF.


Fonte: MPF

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ex-prefeito de Centro do Guilherme desviou recursos da Funasa, afirma MPF

Kleidson Pereira Evangelista é acusado de desviar verba repassada pela Funasa
Centro do Guilherme-MA
Fonte: MPF/MA

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) denunciou o ex-prefeito de Centro do Guilherme (MA), Kleidson Pereira Evangelista, por irregularidades na aplicação de recursos repassados pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para serem utilizados em ações de controle da malária no município. Kleidson foi prefeito do município de Centro do Guilherme do período de 1996 a 2003.

Em 1997, a prefeitura de Centro do Guilherme celebrou convênio com a Funasa e recebeu R$ 64.504,00 para desenvolver melhorias sanitárias no município, porém, não apresentou a prestação de contas no período estipulado.

Em fiscalizações realizadas no local por técnicos da Funasa, foi constatado que a relação de bens apresentada divergia da aprovada no Plano de Trabalho e a utilização foi praticamente insignificante, pois os bens não foram disponibilizados para a execução dos trabalhos. Foi detectado, ainda, a não prestação de alguns serviços, como palestras e cursos, superfaturamento na aquisição de produtos e a não localização de equipamentos adquiridos. Os pareceres técnico e financeiro emitidos pela Funasa apontaram que apenas 20% dos recursos transferidos foram utilizados em função das metas programadas.

Além das irregularidades apontadas pela Fundação, o Tribunal de Contas da União (TCU) verificou que os cheques utilizados para pagamento, com exceção de um, foram nominados para a própria prefeitura, desobedecendo, assim, a instrução normativa que determina que os cheques sejam nominativos ao credor. O prefeito, também, não apresentou relação de pagamentos, notas fiscais, recibos e folhas de pagamentos.

Para a procuradora da República responsável pela denúncia, Thayná Freire de Oliveira, “pelas irregularidades apontadas na prestação de contas, nota-se a impossibilidade de se estabelecer a devida ligação entre a movimentação dos recursos e a realização das despesas e, consequentemente, a comprovação da aplicação idônea dos referidos recursos”.

O MPF/MA pede que Kleidson Pereira Evangelista seja condenado nas penas previstas na Lei que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores (Lei nº 201/1967). 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MPF/MA contabilizou 1.175 procedimentos no ano de 2012

(29/01/2013)O número de ações propostas foi quase 30% maior que o do ano de 2011

Sede do MPF em São Luís-MA

MPF

No ano de 2012, o Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) moveu 991 ações junto a Justiça Federal e realizou outras 184 medidas, nas esferas cível e penal. O total de ações é resultado do trabalho de 16 procuradores da República que atuam no Maranhão, nas Procuradorias da República instaladas em São Luís, Imperatriz e Caxias.

O total de ações movidas pelo MPF em 2012 ultrapassou em 29,5% o total movido em 2011, ano em que foram propostas 765 ações. Das 991 ações propostas em 2012, a Procuradoria da República no Maranhão (PR/MA) concentrou 80,4% da demanda, o que corresponde a 797 ações, sendo 554 penais e 243 cíveis.
Já a Procuradoria da República no Município de Imperatriz (PRM/Imperatriz) concentrou 13,4% do total, o que corresponde a 133 ações (110 penais e 23 cíveis). Enquanto a Procuradoria da República no Município de Caxias (PRM/Caxias) concentrou 6,2% do total de ações propostas, com 61 ações, sendo 58 penais e três cíveis.

Do total de ações movidas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2012, 722 são penais, 206 são de improbidade administrativa, 60 são ações civis públicas e três são ações cautelares. Ou seja, a maior demanda do MPF/MA é na área penal, que concentrou 72,8% do total de ações propostas no ano passado. Ações civis e cautelares concentraram 26,8% e 0,4%, respectivamente.

Na área da saúde, uma das ações movidas pelo MPF/MA em 2012 visou garantir a prestação satisfatória e eficiente dos serviços de urgência e emergência aos cidadãos que necessitam do Sistema Único de Saúde (SUS) do município, especialmente nos Hospitais municipais Djalma Marques (Socorrão I) e Clementino Moura (Socorrão II). A ação foi ajuizada em dezembro, contra o município de São Luís e União, depois que o MPF vistoriou os hospitais, constatando problemas de superlotação, falta de pagamento dos profissionais que prestam serviço, carência de alimentação para pacientes, deficiência na manutenção de equipamentos e falta de materiais para procedimentos cirúrgicos.

Também em 2012, três ex-prefeitos de municípios maranhenses foram presos a pedido do MPF/MA: Antônio Soares Pedrosa (Bom Jardim), Edson Costa (Cândido Mendes) e Alzira Barros de Melo (Santo Antonio dos Lopes). Os ex-gestores foram condenados pela Justiça Federal por irregularidades na aplicação de verbas e prestação de contas, obras incompletas e desvio de recursos. As condenações são frutos de ações movidas pelo MPF/MA nos anos 2000, 2001 e 2003.

Na questão ambiental, uma das ações movidas pelo MPF/MA requereu, por parte da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a ampla divulgação das condições de balneabilidade das praias de São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, incluindo a fixação de placas em trechos impróprios para banho, com interdição dos trechos com lançamento direto de esgotos. A ação foi movida em março de 2012, e em abril a Justiça Federal acolheu o pedido.

Além das ações propostas, o MPF/MA contabilizou no ano de 2012 outras 184 medidas nas esferas cível e penal, sendo algumas delas: prisão preventiva (19), quebra de sigilo (40) e busca e apreensão (78).
Balanço eleitoral – Entre os meses de julho e setembro de 2012, a Procuradoria Regional Eleitoral no Maranhão (PRE/MA) se manifestou em 941 processos de registro de candidatura. Destes, 38 foram recursos especiais para reverter decisões do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE/MA), 64 foram contrarrazões apresentadas e outros quatro, embargos de declaração.

As matérias que mais exigiram atuação da PRE/MA nas eleições 2012 foram: ausência de filiação partidária, rejeição de contas, deferimento/indeferimento de Demonstrativo de Regularidade dos Atos Partidários e analfabetismo.

Avanços no MPF/MA – Em 2013, o MPF/MA concluirá o processo de implantação da Procuradoria da República no Município de Bacabal, que contará com a atuação de um procurador da República. Além disso, no final de 2012, foi definida nova vaga de membro para a PRM/Caxias, que passará a atuar com dois procuradores da República.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Juscelino Rezende, ex-prefeito de Vitorino Freire, condenado por todos os tribunais

Fonte: ASCOM

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), por meio do procurador da República Juraci Guimarães Júnior, denunciou o ex-prefeito do município de Vitorino Freire/MA, José Juscelino dos Santos Rezende, por irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que totalizaram um prejuízo de R$ 132.638,00 aos cofres públicos.

Em 2003, a prefeitura de Vitorino Freire incluiu no censo escolar a Escola Família Agrícola Nossa Senhora de Fátima, que é uma unidade comunitária de ensino sem fins lucrativos que atende alunos do 5º ao 8º ano, mantida pela Associação de Pais e Mestres da Roça Vitorinense. Com a inclusão, estes alunos passaram a compor a base de cálculo dos recursos do Fundef que foram repassados para o município, em 2004.

De acordo com o contrato celebrado com a Associação dos Pais e Mestres da Roça Vitorinense, o município deveria repassar mensalmente R$ 12.058,00 do Fundef à Escola Agrícola Nossa Senhora de Fátima, para custear o pagamento de pessoal e a merenda escolar, porém, a prefeitura pagou somente duas parcelas, deixando de repassar R$ 132.638,00 (referente a 11 parcelas).

Juscelino Rezende, condenado por todos os tribunais
TCE condena JR

O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) julgou irregulares as contas do município, com a verba do Fundef/2004. Conforme apontado, o município deixou de aplicar 40% dos recursos, proveniente de impostos e transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino, 60% dos recursos repassados pelo Fundef não foram utilizados na valorização dos profissionais do magistério, e foram identificadas irregularidades no processo licitatório, fragmentação indevida de despesas, e a não comprovação de gastos.



TCU também já havia condenado JR em 2009

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-prefeito de Vitorino Freire (327 km de São Luís), José Juscelino dos Santos Rezende (PTC), ao pagamento de R$ 54.376,21, valor atualizado, por não prestar contas de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao município.

A verba, proveniente do Programa Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), deveria ser aplicada em melhorias no processo administrativo-pedagógico de escolas e na aquisição de bens duráveis, tendo como parâmetro o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE).

O ex-prefeito foi multado em R$ 3 mil. O TCU autorizou a cobrança judicial das dívidas. Cópia da documentação foi encaminhada à Procuradoria da República no Maranhão para ajuizamento das ações civis e penais cabíveis (Jornal Pequeno, em 5/09/2009)

MPF pede a condenação de JR

Agora, o MPF/MA pede a condenação de José Juscelino dos Santos Rezende nas penas previstas da Lei que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores Lei nº 201/1967). Caso a Justiça Federal acolha o pedido do MPF, o ex-prefeito pode ser condenado à pena de reclusão de 2 a 12 anos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Notinhas da tarde


MPF trabalha a todo vapor

São muito boas as notícias vindas das bandas da Areinha, bairro de São Luís, local onde o Ministério Público Federal está confortavelmente instalado. Nesta semana, o MPF trabalhou muito. Em resumo, propôs ações criminais e de improbidade contra o ex-prefeito de Presidente Vargas e 'brega-star', Gonzaga Júnior; contra o ex-prefeito de Penalva, Nauro Muniz e contra o ex-secretário da Juventude do governo Jackson Lago, Weverton Rocha. Muito bom ver o MPF cumprindo o seu papel!
Gonzaga Júnior, ex-prefeito de Presidente Vargas-MA



MPF participará dos Seminários de "Apoio à Transição Municipal" da CGU

Um dos seminários mais aguardados do evento de apoio à transição, que será realizado pela CGU e parceiros da Rede de Controle, é o do Ministério Público Federal. No dia 28/11, às14h, terá início o seminário “A nova sistemática de movimentação financeira dos recursos”, que será ministrado pelo Dr. Israel Gonçalves dos Santos Silva. Imperdível!
Israel Gonçalves, Procurador Federal


Inscrições do seminário já estão sendo feitas diretamente no site do TCE-MA

O sítio do TCE-MA já está ativo para que possa receber as inscrições das pessoas interessadas em participar do seminário de transição, para tanto basta clicar no local abaixo informado:



Josimar larga na frente e começa campanha para deputado estadual

Os municípios da região norte do Maranhão (Maranhãozinho, Centro Novo do MA, Centro do Guilherme, Gov. Nunes Freire, Junco do Maranhão, Olinda Nova e Araguanã) já possuem candidatos a deputado estadual e federal. Trata-se da "dobradinha" Josimar e Hélio Soares, respectivamente. No Maranhão é assim, os "acordos" são feitos nos subterrâneos da política e o povo tem que engolir. No entanto, a recém notícia publicada no Blog do João Costa deixou a dupla de orelha em pé. É que o ex-prefeito de Gov. Nunes Freire, Douglas Brandão, teria afirmado que será candidato a deputado estadual pela região em 2014. Assim, o sonho do Josimar pode ir por água abaixo. Vamos aguardar!
Josimar: campanha antecipada 



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Notinhas da noite: Caso Décio, agiotagem, transição municipal e cassação de Roseana

Caso Décio: Agiotas tinham o controle de 55 prefeituras

De acordo com o secretário de Segurança Pública do MA, Aluísio Mendes, com os agiotas acusados de planejar o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em abril deste ano,  foram encontrados cheques oriundos de 55 prefeituras do estado do Maranhão. Segundo Aluísio, toda a documentação que comprova o desvio de recursos públicos federais foi repassada ao ao procurador-chefe do Ministério Público Federal do Maranhão, José Leite Filho. Agora a cobra vai fumar!
Aluísio Mendes, secretário de Segurança Pública do MA


Apoio à Transição Municipal

Neste ano, a CGU e os demais parceiros da Rede Institucional de Controle preparam um grande evento de capacitação para os novos prefeitos e prefeitas eleitos em outubro. Segundo o chefe da CGU, Roberto Viégas, "a ideia é transmitir o mínimo de conhecimento aos gestores e suas equipes de governo para que tenhamos um aprimoramento na administração pública do Maranhão". O evento será realizado no auditório do TCE-MA no dia 28 de novembro. Agende-se!
Roberto Viégas, chefe da CGU Regional/MA


Cassação de Roseana

Termina em dezembro o prazo para a realização de uma nova eleição, caso a governadora Roseana Sarney (PMDB) seja cassada ainda este ano.  No entanto, caso a governadora e o vice sejam cassados apenas em 2013, em vez de uma eleição direta ocorrerá uma eleição indireta onde os deputados estaduais votariam e escolheriam o novo governador. Estas regras estão previstas na Constituição Federal. No Palácio dos Leões o clima é tenso.
Roseana Sarney, governadora do Maranhão





terça-feira, 28 de agosto de 2012

São Vicente Férrer: Prefeito na mira dos Ministérios Públicos Federal e Estadual

João Batista Freitas é prefeito do município e, segundo o MPF, em sua gestão anterior aplicou irregularmente mais de um milhão de reais do Fundeb

João Batista, prefeito de São Vicente Férrer,  na mira do MPE e do MPF


Fonte: MPF/MA

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) propôs ação de Improbidade administrativa contra o prefeito do município de São Vicente Férrer (MA), João Batista Freitas, devido a irregularidades cometidas na aplicação de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em sua gestão anterior.

Em 2008, a União repassou ao município R$ 5.529.959,17 para financiar a educação básica, porém, em tomada de contas anual, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou a inexistência de documentação que comprovasse a aplicação de R$ 1.005.648,84. Também não foram apresentados pelo município procedimentos licitatórios correspondentes aos recursos do Fundeb deste período.

João Batista Freitas foi prefeito de São Vicente Férrer no período de 2004 a 2008 e, por ele ser o atual prefeito, o MPF encaminhou cópia do procedimento à Procuradoria Regional da República da 1ª região (PRR-1), para que seja feita a análise do crime, já que João Batista detém foro por prerrogativa de função, conforme afirma o procurador da República Juraci Guimarães, autor da ação.

Na ação, o MPF pede à Justiça Federal a condenação do prefeito nas penas da Lei de Improbidade Administrativa (perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos e multa), e, ainda, que o prefeito devolva ao erário todo o dinheiro gasto indevidamente.

Há muito tempo, que a gestão de João Batista é tida como temerária, vejam esta matéria publicada no Jornal Pequeno de 19/07/2011:

Desembargadores mantêm no cargo prefeito de São Vicente de Férrer (19/07/2011)

A 2ª Câmara Cível do TJMA, em sessão nesta terça-feira, 19, confirmou liminar deferida em dezembro de 2010, acatando recurso do prefeito de São Vicente de Férrer, João Batista Freitas, para mantê-lo no cargo. O prefeito havia sido afastado liminarmente pelo juízo da comarca, em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE).

O MPE ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa, onde pediu o afastamento imediato do prefeito, alegando atrasos no pagamento dos servidores públicos do município e prejuízos decorrentes.

No recurso, o prefeito pedia a reforma da decisão de afastamento, argumentando que a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença, sendo o afastamento cautelar medida excepcional somente cabível quando comprovada sua necessidade para tutelar a instrução processual.

Fundamentação - O relator, desembargador Raimundo Cutrim, considerou ausente a fundamentação específica acerca da necessidade de afastamento do gestor do cargo, conforme exigido pela lei de Improbidade Administrativa.

Segundo o magistrado, esse tipo de sanção exige cautela, pois a perda da função precisa observar a garantia da ampla defesa e do contraditório, princípios que não se harmonizam com o deferimento de liminar, exceto quando comprovado o prejuízo à instrução.

O voto para manter o prefeito no cargo foi seguido pelos desembargadores Marcelo Carvalho e Cleones Cunha (substituto).

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Urbano Santos (MA): gestões catastróficas, desvio de recursos e prisões

Abnadab Leda (ex-prefeito)  e Aldenir Santana (atual prefeito de Urbano Santos-MA)

MPF

Fiscalizações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU) levaram o Ministério Público Federal a denunciar o atual prefeito de Urbano Santos/MA, Aldenir Santana, e o ex-prefeito da cidade Abnadab Leda por aplicação indevida de verbas repassadas à prefeitura pelos Ministérios da Saúde e das Cidades. Os dois, em parceria com empresários, são acusados de manipular licitações e desviar cerca de R$ 350 mil dos cofres públicos.

Em um dos convênios fiscalizados, a CGU constatou que a prefeitura emitiu uma nota de empenho, em favor da empresa Volare Empreendimentos, antes mesmo de homologar a licitação que fora realizada para a ampliação do sistema de abastecimento de água do município. A obra estava prevista num convênio firmado em 2004, no mandato de Abnadab Leda, entre a prefeitura e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no valor de R$ 247,4 mil. A prestação de contas do contrato deveria ser feita durante o mandato de Aldenir Santana, sucessor de Leda.

Em outro convênio, também firmado com a Funasa, no valor de R$ 106,1 mil, para melhorias sanitárias em um bairro da cidade, a CGU verificou que a empresa vencedora da licitação (JPL Construções) fora fundada apenas quatro meses antes do certame e que os módulos sanitários ainda não tinham sido instalados embora 80% do valor do serviço já tivesse sido repassado.

Abnadab Leda foi prefeito de Urbano Santos entre 2001 e 2004, reassumiu a prefeitura em 2009, mas teve o cargo cassado em 2011. Já Aldenir Santana assumiu a prefeitura em duas oportunidades, após as eleições de 2004 e com a cassação de Leda.

O MPF também denunciou Antônio Abtibol, presidente da comissão de licitação do município, e Pedro Manoel Lopes, sócio majoritário da JPL Construções. Os envolvidos podem ser condenados por crime de responsabilidade e de fraude a licitação.

domingo, 6 de maio de 2012

Ex-prefeita de Santo Antônio dos Lopes é condenada a ressarcir danos causados aos cofres públicos


O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) conseguiu na Justiça Federal condenar a ex-prefeita do município de Santo Antônio dos Lopes, Alzira Barros de Melo, ao ressarcimento de verbas provenientes de convênios celebrados com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Ministério do Interior e extinto Ministério da Ação Social. Parte do dinheiro foi desviada para a conta bancária de titularidade da ex-prefeita.

A Secretaria de Controle Interno do Ministério da Educação e o Tribunal de Contas da União (TCU) constataram irregularidades nas contas apresentadas pela ex-prefeita, referentes aos convênios ajustados com a União e o município de Santo Antônio dos Lopes, entre os anos de 1989 e 1992. Em 2000, o MPF ajuizou ação de improbidade administrativa contra Alzira de Melo.

Segundo o MPF, a ex-prefeita não prestou contas do convênio celebrado com o FNDE, e após vistoria in loco, a delegacia do Ministério da Educação no Maranhão comprovou que a construção da unidade escolar prevista no ajuste não foi realizada. Além disso, a auditoria de tomada de contas especial constatou o desvio de parte da verba para a conta de titularidade da ex-prefeita.

Nos dois convênios celebrados com o Ministério do Interior, a prestação de contas apresentada pela então prefeita foi incompleta e incompatível com a movimentação da conta corrente específica dos ajustes. Os convênios tratavam da implantação de infraestrutura hídrica permanente e da construção de terminal rodoviário em Santo Antônio dos Lopes.

Já no convênio celebrado com o Ministério de Ação Social, para a construção de 50 casas populares no município, a auditoria realizada na prefeitura de Santo Antônio dos Lopes constatou o desvio de parte dos recursos para a conta bancária da ex-prefeita.

Na sentença, a Justiça Federal julgou necessário o ressarcimento diante da evidente culpa da gestora em não prestar contas da verba repassada ao município. Alzira de Melo deverá devolver o dinheiro em valor corrigido e atualizado, que à época era de Cr$ 140.560.635,00 e NCr$ 300.000,00.

Com informações do MPF

terça-feira, 1 de maio de 2012

MPF propõe ações contra ex-prefeita de Zé Doca



O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) encaminhou à Justiça uma ação de improbidade e uma ação criminal contra a ex-prefeita do município de Zé Doca (MA), Nathália Cristina Brás de Mendonça, devido a irregularidades na prestação de contas de um convênio firmado com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O convênio, firmado em 2006, repassou R$ 240 mil ao município, que serviria para realizar melhorias sanitárias em domicílios da localidade.

Em 2008, a ex-prefeita apresentou a documentação referente à prestação de contas parcial do convênio, onde foram constatadas uma série de irregularidades como notas fiscais não identificadas e despesas em desacordo com os valores do saques expressos nos extratos bancários.

Diante das irregularidades, ficou claro para o MPF/MA que Nathália Cristina Brás de Mendonça executou o projeto em desacordo com as normas financeiras estipuladas no convênio.

Assim, o MPF/MA quer que a ex-prefeita repare o dano causado, mediante pagamento, junto à União, do débito apurado. Pede, ainda, que ela fique impedida de se ausentar-se do município e que preste serviços à comunidade durante um ano.

(Ascom/MPF-MA)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Prefeito de Turilândia (MA) é acusado desviar recursos do Fundeb



Por Herasmo Leite

O prefeito de Turilândia, Domingos Sávio Fonseca, o Domingos Curió, foi dencunciado na Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Estadual de desviar recursos do Fundeb. A denúncia não foi de nenhum inimigo político, mas do ex-secretário de Educação do município Rogério Martins Marques.

Segundo o ex-secretário, a prefeitura deixou de utilizar R$ 2,5 milhões em favor dos professores somente em 2009, recursos esses possivelmente desviados para outros fins. De acordo com Rogério, Curió criava uma folha “fantasma” de pagamento dos professores. “Mesmo sendo secretário não posso ficar calado”, diz ele em denúncia feita em 2010 quando ainda era titular da pasta.

No ano passado, o Ministério Público Federal transformou a denúncia no inquérito civil público nº 1.19.000.001038/2-11-33. O procuraor Israel Ferreira já notificou o prefeito a dar explicações. Curió também é acusado de comprar uma fazenda no valor de R$ 1,5 milhão com recursos de um convênio celebrado no governo José Reinaldo (2002-2006).

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ex-prefeito de São Raimundo das Mangabeiras é condenado por ato de improbidade administrativa


Localização de São Raimundo das Mangabeiras-MA

 O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) conseguiu na Justiça Federal a condenação do ex-prefeito de São Raimundo de Mangabeiras, José Francisco Coelho, por omissão na prestação de contas de recursos repassados ao município pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), em 2000.

A sentença é decorrente de uma ação de improbidade administrativa, movida pelo MPF, que pedia a condenação do ex-prefeito. Mesmo quando notificado, José Francisco Coelho não se apresentou à Justiça para prestar esclarecimentos sobre a prestação de contas das verbas repassadas ao município.

O FNDE repassou ao município a quantia de R$ 35.900,00, que deveriam ter sido aplicados para prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica.
Dessa forma, a Justiça Federal determinou a suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito, ficando, este, inelegível por cinco anos, além de ficar proibido de receber incentivos fiscais ou benefícios, diretos e indiretos, por três anos. A Justiça determina, ainda, que o ex-prefeito pague multa civil, correspondente ao valor da sua remuneração durante o período como prefeito, e que ele arque com os custos do processo.


Fonte: MPF

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ministério Público Federal denuncia prefeitos da baixada

Porto Rico do Maranhão

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) moveu uma ação de improbidade contra o atual prefeito do município de Porto Rico do Maranhão, Celson César do Nascimento Mendes Reis. Segundo o MPF, O prefeito não prestou contas, no prazo fixado, do convênio firmado entre o município e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cujo objeto era conceder apoio financeiro para o desenvolvimento de ações que promovam a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no processo de ensino.
Celson César (PDT), prefeito de Porto Rico do MA


De acordo com a ação, em 2005, a prefeitura de Porto Rico do Maranhão recebeu pouco mais de trinta mil reais para implantação do projeto. Um ano depois, o prefeito apresentou documentação junto ao FNDE, alegando que se tratava da prestação de contas do convênio. Entretanto, a documentação apresentava uma série de irregularidades, inclusive com a ausência do demonstrativo da execução financeira, a relação de pagamentos efetuados, extrato bancário, cópia da adjudicação das licitações realizadas ou justificativa para sua dispensa ou inexigibilidade.

Assim, como não foi encaminhada documentação essencial exigidas pela legislação, o FNDE entendeu que não houve prestação de contas do referido convênio, determinando instauração de tomada de contas especial.

Para o procurador da República Juraci Guimarães Júnior, autor da ação, “é inaceitável que um prefeito receba dinheiro público para ser aplicado na educação de crianças com necessidades especiais e não apresente a devida prestação de contas,” disse.

 Serrano do Maranhão

O Ministério Público Federal denunciou o prefeito de Serrano do Maranhão, Leocádio Olímpio Rodrigues, por não prestar contas em um convênio firmado com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no valor de R$ 100 mil. A verba deveria ser utilizada para a construção de sistema de abastecimento de água do município.

Leocádio Rodrigues (PMDB), prefeito de Serrano do MA


Celebrado em dezembro de 2005, no primeiro mandato do prefeito, o acordo tinha vigência de um ano. Entretanto, foram firmados entre o município e a Funasa termos aditivos que prorrogaram o prazo do convênio até 30 de setembro de 2009, com prestação de contas para 60 dias após o término da vigência.
De acordo com a denúncia, Leocádio Rodrigues foi reeleito nas eleições de 2008 e chegou a apresentar a prestação de contas parcial do convênio. No entanto, embora tenha sido notificado pela Funasa, o prefeito não apresentou as contas finais, conforme exigia o acordo.

O gestor municipal foi intimado a restituir à União o valor de R$ 37.333,58, que atualizado até abril de 2009 já somava o total de R$ 128.217,42. Para o MPF, ao deixar de enviar a documentação comprobatória dos gastos no convênio, o denunciado praticou crime de responsabilidade e pode ser punido com pena de detenção, de três meses a três anos.

O caso está no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), onde os desembargadores decidirão sobre o recebimento da  denúncia. Se condenado, o prefeito pode perder o cargo e ser inabilitado para o exercício de cargos públicos pelo período de cinco anos, após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, quando não couber mais recurso.


Com informações do MPF

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Recorde: MPF move 11 ações contra o ex-prefeito de Palmeirândia(MA)



Nilson Garcia-em sua gestão Palmeirândia se tornou um dos municípios mais pobres do MA

MPF/MA


O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) moveu onze ações, entre penais e de improbidade administrativa, contra o ex-prefeito de Palmeirândia (MA), Nilson Santos Garcia. Dentre as irregularidades praticadas, destacam-se fraudes em processos licitatórios, obras e serviços que nunca foram realizados, além do desvio e apropriação de recursos repassados por convênios firmados com a União.
Segundo o MPF, áreas como Educação, Saúde, Agropecuária, Habitação e Meio Ambiente de Palmeirândia foram diretamente prejudicadas pelo esquema fraudulento. Os convênios envolviam mais de R$ 1,5 milhão.

As ações judiciais tratam de treze convênios firmados entre o município e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundo Nacional de Saúde (FNS), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério da Integração Nacional (MI). Além destes, oito Contratos de Repasse, via Caixa Econômica Federal (CEF), apresentaram irregularidades. Os recursos seriam utilizados para estimular o setor agropecuário, na construção de casas e de um campo de futebol.
As ações basearam-se em diversos processos de Tomadas de Contas Especiais instauradas a partir da TC-019.888/2003-2 do Tribunal de Contas da União.

Irregularidades
No âmbito licitatório, o ex-prefeito é acusado de contratar empresas sem licitação ou com atividades incompatíveis ao objeto licitado, não exigir a documentação necessária, montar processos licitatórios para beneficiar determinadas empresas - incluindo aquela cujo procurador da empresa era seu irmão - dentre outras práticas fraudulentas.

Na fase de execução dos convênios, a irregularidade mais comum denunciada pelo MPF se dá quanto aos verdadeiros beneficiários dos contratos. Ao invés de serem as empresas vencedoras, várias vezes os recursos foram sacados, na boca do caixa, pelo próprio ex-prefeito ou ainda por terceiros estranhos às contratações. No momento da prestação de contas, a Prefeitura se utilizava de notas ilegais para justificar a apropriação do dinheiro público.

Um dos convênios afetado pela fraude visava à construção de uma nova barragem, no povoado Cruzeiro. Neste caso, a obra sequer iniciou, apesar do repasse de R$ 300 mil efetuado pelo MMA. A recuperação das barragens de João do Nato e Cauaçu, por sua vez, aconteceram apenas parcialmente, e os equipamentos para as unidades de saúde de Palmeirândia não foram todos entregues, como consta na planilha.

Os demais convênios alvos do esquema tinham por objetivos a compra de material didático pedagógico e formação continuada de professores, construção de módulos sanitários, melhorias sanitárias domiciliares e no sistema de abastecimento, recuperação de barragens nos povoados São José e Ilha Terceira, e ainda, aquisição de equipamentos permanentes e reforma de unidades de saúde.

quinta-feira, 22 de março de 2012

MPF aciona ex-prefeitos de Lago da Pedra e Altamira

Dr. Israel Gonçalves Santos Silva, Procurador da República

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) ofereceu ação criminal e de improbidade administrativa contra os ex-prefeitos Manoel Albino Lopes, de Altamira do Maranhão (MA) e Luiz Osmani, de Lago da Pedra. Segundo o MPF, juntos, eles deixaram de comprovar a aplicação de quase 160 mil em verbas federais.

Manoel Lopes deixou de prestar contas de mais de R$ 75 mil em verbas federais repassadas pelo Fundo Nacional da Educação (FNDE), em 2005 e 2008, para investimentos por meio do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos (Peja), Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Luiz Osmani também se omitiu de prestar contas de R$ 80 mil em recursos públicos, que deveriam ser aplicados no Programa Esporte e Lazer na Cidade, em 2005. Mesmo notificado a prestar contas, o ex-gestor se omitiu até o prazo final para apresentação dos documentos, em outubro de 2007.

Para o procurador da República, Israel Gonçalves Santos Silva, “não há dúvida de que os ex-prefeitos de Altamira do Maranhão e Lago da Pedra, ao deixarem de prestar contas dos recursos provenientes da União, incidiram em ato de improbidade administrativa, uma vez que, compelidos a tal dever, nada fizeram”.

Em tempo, o Ministério Público Federal vem prestando um grande serviço à sociedade maranhense quando apresenta denúncia contra prefeitos que comprovadamente desviaram recursos públicos e ajudaram a tornar a vida dos munícipes muito mais dificil.

Com informações do Blog do Décio