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terça-feira, 21 de abril de 2020

Roubar wi-fi do vizinho é corrupção?


Welliton Resende é auditor federal e coordenador do Núcleo de Ação de Ouvidoria e Prevenção à Corrupção.

Por Welliton Resende


O primeiro efeito invisível da corrupção é o cidadão começar a achar não há mais soluções possíveis, uma generalização de que todos são corruptos e, principalmente, de que o Estado e, sobretudo, as pessoas têm um preço.

Esta última concepção engloba a interpretação equivocada de que o valor moral tem necessariamente um respectivo valor monetário, podendo ser medido ou quantificado em moeda. Aí voltamos, por analogia, ao período sombrio e nebuloso da escravatura, onde valia mais o escravo mais forte e apto para o trabalho.

Quando a moral passa a ser associada ao dinheiro, desconsidera-se que há outras formas de corrupção tão nocivas quanto, ou seja, a sociedade passa a interpretar que só ocorre a corrupção quando há um prejuízo material ou o enriquecimento ilícito do agente público (ROSA, 2004, p. 08).

Por isso é que as “pequenas corrupções” são tão aceitas e praticadas e têm levado o país a solidificar, cada dia mais, a imagem de dar “jeitinho” em tudo. Cito aqui algumas bem antigas e outras mais novas:
  • Furar fila;
  • Fingir que está dormindo no assento dos idosos para não dar lugar no transporte público;
  • Falsificar carteirinha de estudante para pagar meia entrada;
  • Pagar propina em auto-escola para passar no exame (ou qualquer outro tipo de “quebra” para facilitar a vida);
  • Comprar óculos, software, bolsa, tênis, roupa e tantos outros artigos pirata (lembrando que pirataria é crime);
  • Viver buscando pdf gratuito de livros (e passar para meio mundo pelo WhatsApp);
  • Comprar curtidas nas redes sociais (recebo praticamente todo dia “ofertas” para que eu “compre curtidas” e tenha “mais fãs” nas minhas redes e “pareça” mais popular… ridículo!)
  • Colar em provas e exames;
  • Inserir informações falsas e mentirosas na declaração de Imposto de Renda;
  • Roubar o wi-fi do vizinho;
  • Imprimir arquivos pessoais na impressora do trabalho;
  • Pedir dinheiro emprestado (e não pagar) ou objetos e não devolver; e,
  • Colocar no currículo atividades que não sabe executar ou habilidades que não possui, como “inglês intermediário”, quando na verdade não passa de básico (isso quando não é totalmente inexistente).
Essas são apenas treze coisas que sabemos que acontecem todos os dias em todos os níveis sociais, culturais e econômicos. A corrupção está aí, solta, livre e, pior: aceita por muita gente.

E se a gente decidir se rebelar e começar a fazer diferente? 

Podemos ganhar um pais novo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Saiba quais são as pequenas corrupções cometidas por estudantes



Que a corrupção é endêmica no Brasil, todos nós sabemos. Mas que ela pode ser aprendida e potencializada no ambiente escolar, muitos duvidam. Pois bem, além da formação tradicional a que os alunos estão submetidos, eles podem estar trazendo na bagagem "vícios" que no futuro poderão fazer a diferença entre um cidadão honesto e um desonesto.

Assim caros pais, procurem prestar atenção em seus filhos e corrijam atitudes que não estejam de acordo com a educação que almejam dar a eles. Para colaborar, o blog listou as pequenas corrupções do dia a dia que podem ser aprendidas no ambiente escolar. São elas:

1 Copiar trabalho acadêmico da internet












2 Furar fila na cantina











3 Depredar a escola











4 Falsificar carteirinha de estudante














5 Praticar bullying com o colega













6 Colar nas provas


7 Ficar nas "costas" dos colegas e não participar dos trabalhos em grupo








8 Furtar objeto do colega












9 Copiar trechos de livros e não citar a fonte












10 Fazer fofocas














11 Chegar atrasado
















12 Ser mentiroso