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segunda-feira, 6 de abril de 2020

A “tragédia” da criação dos novos municípios na Amazônia Legal: o caso do Maranhão

Mestrado, UEMA, PPDSR



Segundo pesquisa elaborada pelo escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), publicada em 2017, a região continua apresentando o maior grau de dependência das transferências federais, uma vez que sua arrecadação auferida significou apenas 63% da receita realizada no período, quando a média nacional é 82%. No caso do Maranhão, 75% dos municípios dependem dos recursos federais para fechar suas contas. A partir da década de 1990, houve um movimento emancipatório de povoados sem que fossem realizados estudos de viabilidade municipal adequados. E o Estado passou de 137 para 217 municípios. Ressalte-se que o fracionamento excessivo da divisão político-administrativa dos Estados acaba criando muitos municípios que não deveriam ter sido criados. De acordo com matéria publicada em O Imparcial, o Maranhão poderá “ganhar” mais 32 municípios. Nesse sentido, o ideal seria que fosse possível fundir ou refundir alguns desses municípios que não têm razão de existir isoladamente, ou estimular a cooperação entre eles. Todas às vezes que ocorre uma divisão, o município-mãe perde uma parcela significativa dos seus recursos. No caso do Maranhão, das cidades com população superior a 50 mil habitantes, São Luís é o município que apresenta a menor dependência em relação às transferências federais com o percentual de 59,3% de receitas oriundas de fontes externas, segundo o IBGE. E Barra do Corda a maior, com um percentual de 95,4%. Cabe aqui enfatizar que a crise financeira internacional, que explodiu no final de 2008, deixou a economia mundial em queda livre e seus efeitos ainda são largamente visíveis. Mudando, assim, drasticamente o quadro das transferências federais a Estados e Municípios. No contexto histórico de imensa desigualdade regional, os municípios do Maranhão ainda necessitam dos recursos do Governo Federal para equilibrar seus orçamentos e emancipação de mais 32 pode agravar o quadro de crise.


Autoria:
Welliton Resende Silva
Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Mestrando em Desenvolvimento Regional pela UEMA.
Auditor Federal

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

UEMA promove o II Seminário do Observatório de Desenvolvimento Regional

 O evento é promovido pelo Programa de de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional – PPDSR  da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Estão abertas as inscrições para o “II SEMINÁRIO OBSERVATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL”, que tem como tema “ A política energética brasileira para a Amazônia: Impactos sociais, ambientais e alternativas sustentáveis em tempos de neoliberalismo.

O objetivo do evento é discutir a política energética brasileira para a Amazônia, numa interlocução com outros pesquisadores para produzir subsídios e difundir conhecimentos produzidos sobre o tema, implementar estratégias de articulação entre grupos e redes de pesquisa sobre a questão energética.  

Para o mestrando e auditor federal Welliton Resende, o seminário vai ser uma excelente oportunidade para que os alunos possam mostrar os seus projetos de pesquisa. "No meu caso, vou discutir a questão da verdadeira “tragédia” que foi a criação dos novos municípios na Amazônia Legal, tomando-se por base o Maranhão", pontuou Resende.

O seminário será realizado, no período de 13 a 15 de agosto, no prédio do Curso de História Praia Grande, em São Luís, e terá a apresentação de trabalhos dos alunos do Mestrado de Desenvolvimento Regional/UEMA e de outras instituições.
Alunos da turma do Mestrado/2019.


Confira a Programação:

13 de agosto de 2019
Mesa oficial de Abertura 9h
Conferência de abertura: A POLÍTICA ENERGÉTICA BRASILEIRA PARA A AMAZÔNIA: impactos sociais, ambientais e alternativas sustentáveis em tempos de neoliberalismo
Prof. Dr. Edna Castro (UFPA- NAEA)
Coordenadora: Prof.Dr. Zulene M Barbosa

Manhã – horário:9:30
Apresentação de trabalho

14:00- 15:30 (três eixos)

A partir das 15:30 – Todos liberados para participação na Mobilização Nacional em Defesa da Educação e d previdência social

Dia 14 de agosto

9hs-Mesa-redonda 01: O SETOR ELETRICO BRASILEIRO, AS PRIVATIZAÇOES E OS IMPACTOS SOBRE AS POLULAÇÕES ATINGIDAS POR BARRAGENS
Welington Diniz- Sindicatos dos Urbanitários do Maranhão
Adriana de Oliveira – CUT
Joel da Conceição – CTB
Elói Natan – CSP com Lutas
Dalila Joana – MAB
Coordenador: Marcos Silva

Tarde
Mesa-redonda – AS ALTERNATIVAS DE PRODUÇAO DE ENERGIA EÓLICA E OS IMPACTOS DA TRANSMISSÃO NA REGIÃO DO MUNIN
Flaviano Sousa (presidente da associação de pequenos produtores rurais-
Carlos Pereira – Associação agroecológica Tijupá
Maria José Palhano – liderança quilombola
Coordenadora da Mesa: Prof. Dra. Marivânia Leonor Furtado

Dia 15 de agosto

O MATOPIBA, EXPANSÃO TERRITORIAL NO CERRADO E A RESISTÊNCIAS DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS
Luciano da Silva Guedes (UFT)
Benjamin Alvino Mesquita (UFMA)
Jonas – MST
Coordenadora: Prof. Dra. Prof. Dra. Rosirene Martins

Tarde
16:00: Palestra de encerramento
AS LUTAS SOCIAIS E A QUESTÃO DA SUSTENTABILIDADE NA CRISE DO CAPITALISMO
Prof. Luiz Alberto Rocha (UFPA)
Coordenadora: Prof. Dra. Jose Sampaio Matos Jr

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