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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Quando roubar o dinheiro público é a regra

A Redação

Neste início de gestão, infelizmente,  boa parte dos municípios maranhenses vive um verdadeiro "marasmo". Muitos prefeitos e prefeitas estão se utilizando dos cofres públicos para o pagamento dos tais "compromissos de campanha"; que nada mais é que o pagamento dos financiadores das campanhas eleitorais.

Os famigerados agiotas não tem pena de ninguém. Não dão a mínima em abocanhar os recursos públicos destinados à aquisição da alimentação escolar para as crianças, à compra de alimentos para os postos de saúde, dentre outras receitas.

Já virou prática corriqueira a justificativa de "arrumar a casa". Em verdade, a casa a ser arrumada é a do gestor e a dos financiadores de campanha.

Quem é o culpado? primeiramente o povo que adora votar em quem apresenta poderio econômico pujante. Em segundo, a própria Justiça Eleitoral que se omite e não estanca esta praga do financiamento ilícito de campanha.

Um vergonha que teima em assolar o Maranhão. Até quando?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Saiba quais prefeituras davam cheques para agiotas no Maranão

Estavam com os agiotas cheques emitidos pelas prefeituras de Icatu, Central, Cururupu, Serrano do Maranhão, Mirinzal, Bacabal, Turilândia e Rosário


Pichação em escola de Icatu, MA, Brasil


Blog do João Sousa

O município de Turilândia se destaca entre os que vivem nas mãos de agiotas. Foi de lá o maior volume de cheques apreendidos com Gláucio Alencar e o seu pai, Miranda, ambos presos e acusados pela polícia de envolvimento na morte do jornalista Décio Sá, conforme informações prestadas hoje pelo jornalista Marcial Lima, no programa “Ponto Final”, da Mirante AM, hoje pela manhã.

Na região da Baixada são inúmeros os municípios que negociavam cheques em valores que variam de R$ 100 mil a R$ 700 mil. E os recursos, geralmente, da merenda escolar, da compra de medicamentos e equipamentos hospitalares, e para execução de obras de infraestrutura.

A Comissão de delegados já iniciou a operação “Detonando II”, que visa investigar as ações da agiotagem no Maranhão. Só de Turilândia, a polícia encontrou com o pai e filhos agiotas nada menos que 20 talões de cheques. E já identificaram relações com as prefeituras de Icatu, Central, Cururupu, Serrano do Maranhão, Mirinzal, Bacabal e Rosário. Os cheques são das prefeitura e não dos gestores.

Os delegados estão surpresos e cada vez mais convictos de que estão no rumo certo. São mais de 120 prefeitos e ex-prefeitos envolvidos. Em Cururupu, por exemplo, as transações foram feitas com a gestão passada, do prefeito afastado, José de Ribamar Pestana, e a atual de Júnior Franco.

Os policiais que comandando a operação “Detonando II” já concluíram que são três grandes grupos que atuam nas mais diversas regiões do Estado do Maranhão.

Dezenas de outros municípios estão sendo investigados. Ao menos 80 já estão confirmados no negócio sujo. O blog estará acompanhando de perto para, se preciso for, informar aos seus leitores, sem atrapalhar os trabalhos da polícia.(Com informações do Blog do Cardoso)


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Notinhas da noite


Fracassa tentativa de enfraquecer a atuação da CGU e da Polícia Federal no Maranhão

Desde o início do mês setores mais conservadores da mídia eletrônica ludovicense tentam, sem sucesso algum, macular o nome de instituições como a CGU e a PF. No entanto, baseados apenas em fotografias teimam em fazer ilações absurdas e contribuem, mais ainda, para perder a já cambaleante credibilidade. Pautar matérias insinuando que este órgãos trabalham para agradar pessoas presas por agiotagem no Maranhão é simplesmente hilário. Desse jeito estes escribas acabarão escrevendo para o programa humorístico A praça é nossa.

Agiotagem em baixa

Por falar no assunto, muitos agiotas estão sem ter o que fazer nestes tempos. Motivo: candidatos estão receosos em procurar estes serviços e por isso muitas campanhas no interior do estado estão com pires na mão. O agiotudo sofreu um golpe fulminante nos últimos tempos.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Saiba quem paga o alto custo das campanhas eleitorais

Por Welliton Resende


Já virou rotina no nosso subtraído e roubado estado do Maranhão. De dois em dois anos é a mesma coisa, pois o processo eleitoral no Brasil nunca termina. Mesmo após as eleições,  é a vez das intermináveis disputas judiciais para ver quem fica com o cargo eletivo. Aqui, bem longe da vontade do eleitor que depositou sua esperança no sufrágio.

Enfim, mazelas à parte, em uma passada rápida pelo interior do estado se percebe que as campanhas eleitorais já estão a todo vapor. Embora alguns candidatos deixem mesmo para derramar a dinheirama no mês de setembro.

Prepare-se para o chão tremer quando setembro chegar. No entanto, mesmo agora, já se nota a grande movimentação de carros de som, motos de som, bicicletas de som e toda forma de parafernália sonora que serve para massificar o nome e o número do candidato na cabeça do eleitor.

E também não podemos deixar de citar o exercito de pessoas que fazem o trabalho de "formiguinhas". Essas pessoas saem de casa em casa pedindo votos para determinados candidatos entregando santinhos, adesivos e demais materiais impressos. Uma festa para as gráficas que neste período lucram absurdas somas. Além dos "formiguinhas"; existem também os "bandeirantes", que são pessoas pagas para empunhar as bandeiras dos candidatos.

E uma das partes mais caras da campanha, sem sombra de dúvidas, é a plotagem de veículos. Caros leitores,  não pensem que a plotagem sai de graça, pois cada pessoa que empresta o seu veículo para servir de outdoor ambulante  recebe, no mínimo, um tanque de combustível por semana. Fora os custos com a plotagem em si, que é um processo de fotografia adesiva.

E a grande pergunta: quem paga toda essa conta? Raciocine comigo, o salário de um prefeito(a) no Maranhão fica em torno de R$ 8 a 15 mil mensais. Isto em valores brutos, pois ainda incidirá a alíquota de 27,5% do imposto de renda. Ao final, não sobra muita coisa e se torna praticamente impossível levar uma vida de marajá (como a maioria dos prefeitos levam). Ou seja, é um "investimento" que não trará retorno algum ao candidato.

Tudo isso serviu para mostrar que quanto mais alto for o custo da campanha, maior será o comprometimento dos cofres públicos. Pois a conta deverá ser paga e com juros altíssimos. Negociatas, agiotagem, direcionamentos a empresas, servidores fantasmas...são algumas formas utilizadas para o pagamento das dívidas contraídas na campanha eleitoral.

E quem paga essa conta? Adivinhem só!


Vale o ditado: "campanha cara, município ferrado"

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Agiotagem, o fenômeno que empobrece os municípios maranhenses

O Blog do Controle Social vai apresentar dois artigos que tem como pano de fundo as eleições deste ano. É neste pleito que o pacato cidadão ver o dinheiro da merenda escolar e o que serviria para comprar medicamentos ser negociado como garantia de empréstimo para o financiamento da campanha eleitoral.

Sem mais delongas, tenham todos uma boa leitura:

Alguns candidatos gastam rios de dinheiro em suas campanhas eleitorais buscando se eleger e o cargo mais cobiçado por eles é o de prefeito. Mas não pensem que é para promover o desenvolvimento dos municípios não, é para enriquecer o próprio candidato, sua família e seu grupo político (ou quadrilha).


Se vocês acharam que eles utilizam o dinheiro do próprio bolso para financiar a sua campanha enganaram-se redondamente.


As duas formas de financiamento mais comuns são: conseguir apoio do atual prefeito para que ele aplique parte do dinheiro desviado durante a sua gestão, ou recorrer aos temíveis agiotas. Seja de que forma for, a população do município sempre vai sair perdendo.
Com as crianças ficando sem a merenda escolar, os doentes sem atendimento médico-ambulatorial, os alunos do Projovem sem receber a bolsa, os conjuntos residenciais sendo construídos sem estrutura alguma etc.


Pois bem, como o prefeito só vai apoiar um candidato, os demais têm que pedir empréstimo financeiro aos agiotas. E, caros leitores, estas pessoas chegam a cobrar até 500% de juros pelo valor que foi emprestado para ser aplicado nas campanhas eleitorais.


Ou seja, se um candidato pedir R$ 1 milhão para a campanha, terá que pagar R$ 5 milhões para o agiota. E para que um candidato quer tanto dinheiro? Na maioria das vezes, como não têm proposta alguma de mudança para o município, eles atraem os eleitores com festas, presentinhos, materiais de construção, medicamentos, eletrodomésticos e, até, dando dinheiro diretamente ao povo.


Estas pessoas podem ser facilmente reconhecidas pelo eleitor. Normalmente apresentam sinais exteriores de riqueza, ou seja, trocam de carro constantemente, constrõem casarões ou já foram responsáveis por alguma função dentro da prefeitura.


A face mais visível da ação do dinheiro proveniente de um agiota é a compra de votos, a transferência ilegal de eleitores e a realização de festas com o intuito de enganar a população e vender a imagem de que a criatura é boazinha. Um lobo em pele de cordeiro.


Uma solução para acabar com o problema da agiotagem


Para se vencer uma eleição para o cargo de prefeito não precisa ter carisma, morar no município (como pensam alguns) ou mesmo conhecer a comunidade.


Basta apenas ter dinheiro no bolso e na conta bancária. Ficaram surpresos? Pois este é o ensinamento que as últimas eleições municipais deixaram no Maranhão.


No caso de uma eleição para o cargo de prefeito, fazemos uma conta bem simples. Vamos multiplicar a quantidade de eleitores por 100. Ou seja, cada voto poderá ser comprado por R$ 100,00 (no mínimo). Não precisa nem fazer campanha. Coloca-se alguns cabos eleitorais para, no dia da eleição, ir de casa em casa cumprindo os "acordos".



Desse modo, uma eleição em um município de 15 mil eleitores custaria a bagatela de, no mínimo, R$ 1,5 milhões. É óbvio que esse dinheiro não sairá do próprio bolso de nenhum candidato. Ele será conseguido junto a agiotas, donos de construtoras, postos de combustível, distribuidores de merenda escolar e de medicamentos.



Detalhe, se um agiota emprestar R$ 1,5 milhões ele deverá receber cinco vezes este valor, ou seja, R$ 7,5 milhões. E caso quem tomou o empréstimo não faça o pagamento, corre um sério risco de ter a sua integridade física, ou de sua família, bastante afetada. Alguém aí se lembra da quantidade de prefeitos que foram brutalmente assassinados nos últimos anos no Maranhão?



Entenderam agora por que os municípios ficam totalmente abandonados pelas administrações municipais durante os 4 anos? Por conta de pagamentos de dívidas com os agiotas e demais financiadores de campanha. É o que os prefeitos chamam costumeiramente de "arrumar a casa".



Em sintonia com o problema, a Consocial realizada no último final de semana aprovou com cerca de 970 votos (a maior quantidade) proposta que cria o financiamento público de campanha. Trocando em miúdos, todas as campanhas eleitorais passarão a ser financiadas exclusivamente por recursos do erário.



Eis uma boa saída para corrigir esta vergonha nacional que são a compra de votas, a troca de favores e o clientelismo. Valeu Consocial!



Veja aqui todas as 80 propostas aprovadas na Consocial

sábado, 16 de junho de 2012

O eleitor imbecil e o assassinato de gerações

Por Welliton Resende


Tal qual o analfabeto político retratado no brilhante texto do dramaturgo alemão Berthold Brecht, no Maranhão de hoje estamos diante de um novo-velho personagem: o eleitor imbecil.

E como se faz para reconhecer este tipo bem característico?  Muito fácil, pois aqui por estas bandas as pessoas costumam ser cidadãs apenas no período eleitoral e, o que é pior: condicionam o exercício dessa cidadania à errônea "filosofia" tupiniquim de tirar vantagem de tudo. 

Este eleitor, após anos à margem de políticas públicas, elaborou o seguinte raciocínio: vou aproveitar a eleição para extorquir os maus políticos.

E é por isso que surge o fenômeno da agiotagem em campanhas eleitorais. Pois os políticos precisam de muito dinheiro para alimentar os bolsos do eleitor imbecil.

Isso porque o nosso personagem título sempre condiciona o seu voto a algum tipo de benesse do candidato. Quer seja uma dentadura, quer seja um emprego na prefeitura para um parente. O estupro da Administração Pública se inicia com a eleição e  aqui também se inicia o assassinato de gerações.

Na maioria das vezes, os políticos mal-intencionados se utilizam desta oportunidade para comprar o voto do eleitor imbecil e continuar a perpetuação histórica das elites que vemos nos grotões do nosso estado. São sempre as mesmas caras. E quando acontece alguma mudança, o poder é transferido para os filhos, esposas, sobrinhos ou até mesmo laranjas.

Se o eleitor imbecil tivesse mais um pouco de senso, veria que não está vendendo apenas o seu voto. Com o seu gesto ele vende também a merenda escolar do seu filho, o medicamento que deveria estar à sua disposição no posto de saúde, o saneamento básico de sua comunidade, dentre outras políticas públicas que lhe serão tiradas por conta do seu gesto.

Na seara das Ciências Econômicas nos deparamos com a expressão "nada é de graça", ou "there is no free lunch", ou seja, não há jantar de graça. Uma hora ou outra a conta terá sempre que ser paga.

Ô eleitor imbecil até quando vais contribuir para o assassinato de gerações?

"A maior revolução deste País vai ser o dia em que o povo descobrir que todo o poder emana dele".

Welliton Resende é auditor e coordenador do Núcleo de Prevenção à Corrupção da CGU

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Prefeitos e deputados enrolados até a alma com agiotas

Agiotas deitam e rolam no MA, povo sofre...

O prosseguimento das investigações sobre as ações de organizações criminosas que operam com agiotagem e outros crimes mais pesados trará dados estarrecedores.

A polícia já tem informações de envolvimento de políticos, como deputados e prefeitos, com agiotas. Aliás, tem ao menos dois parlamentares que emprestam dinheiro a juros absurdos para empresas e prefeituras.

Alguns políticos e empresários, para legalizar os negócios escusos, criaram factoring, empresas que emprestam dinheiro e cobram juros.

Ocorre, porém, que nos cofres das factoring de empresários e políticos dormem cheques de prefeitos e de seus familiares. Uma forma de garantir o recebimento daquilo que foi emprestado.

No caso específico do agiota Gláucio Alencar, a polícia encontrou em seu cofre talonários assinados por prefeitos e empresários. O volume maior é do prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, que ultrapassa a soma de R$ 4 milhões.

O atual prefeito de Cururupu, Júnior Franco, também deve à organização e tem cheques em mãos da agiotagem. Mas nada se compara ao volume de débitos deixado pelo ex-prefeito daquela cidade.


Francisco Pestana saiu do cargo por medida judicial e agora não tem como pagar quase R$ 6 milhões espalhados em mãos de vários agiotas, incluindo Gláucio e Pacovan.

Se aprofundadas as investigações, a polícia vai encontrar cheques do prefeito de Zé Doca em poder da organização criminosa. Muitos dos agentes públicos acabam entregando bens, como casas e fazendas.

O mais curioso é que as negociações com os prefeitos não envolvem apenas cheques. Na maioria das transações, o agiota fornece para as prefeituras merenda escolar, medicamentos e equipamentos hospitalares, além de material de construção, ou entram com construtoras para realização de obras superfaturadas.

A relação da agiotagem com os políticos começa bem cedo, muito antes do agente público assumir cargos. Eles pedem emprestado para a campanha e depois e um toma lá da cá sem fim.

Um negócio da china em que sai perdendo mesmo é a população.

Blog de Jenipapo dos Vieiras

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Proposta aprovada na Consocial pode por fim a agiotagem em campanhas eleitorais



Para se vencer uma eleição para o cargo de prefeito não precisa ter carisma, morar no município (como pensam alguns) ou mesmo conhecer a comunidade.

Basta apenas ter dinheiro no bolso e na conta bancária. Ficaram surpresos? Pois este é o ensinamento que as últimas eleições municipais deixaram no Maranhão.

No caso de uma eleição para o cargo de prefeito, fazemos uma conta bem simples. Vamos multiplicar a quantidade de eleitores por 100. Ou seja, cada voto poderá ser comprado por R$ 100,00 (no mínimo). Não precisa nem fazer campanha. Coloca-se alguns cabos eleitorais para, no dia da eleição, ir de casa em casa cumprindo os "acordos".

Desse modo, uma eleição em um município de 15 mil eleitores custaria a bagatela de, no mínimo, R$ 1,5 milhões. É óbvio que esse dinheiro não sairá do próprio bolso de nenhum candidato. Ele será conseguido junto a agiotas, donos de construtoras, postos de combustível, distribuidores de merenda escolar e de medicamentos.

Detalhe, se um agiota emprestar R$ 1,5 milhões ele deverá receber cinco vezes este valor, ou seja, R$ 7,5 milhões. E caso quem tomou o empréstimo não faça o pagamento, corre um sério risco de ter a sua integridade física, ou de sua família, bastante afetada. Alguém aí se lembra da quantidade de prefeitos que foram brutalmente assassinados nos últimos anos no Maranhão?

Entenderam agora por que os municípios ficam totalmente abandonados pelas administrações municipais durante os 4 anos? Por conta de pagamentos de dívidas com os agiotas e demais financiadores de campanha. É o que os prefeitos chamam costumeiramente de "arrumar a casa".

Em sintonia com o problema, a Consocial realizada no último final de semana aprovou com cerca de 970 votos (a maior quantidade) proposta que cria o financiamento público de campanha. Trocando em miúdos, todas as campanhas eleitorais passarão a ser financiadas exclusivamente por recursos do erário.
 
 Eis uma boa saída para corrigir esta vergonha nacional que são a compra de votas, a troca de favores e o clientelismo. Valeu Consocial!