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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TJ afasta Tina Monteles da Prefeitura de Anapurus

G1

A prefeita de Anapurus, Cleomaltina Moreira Monteles, foi afastada do cargo após decisão unânime da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). De acordo com o TJ, os magistrados consideraram que a gestora não prestou contas de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef).

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, a prefeita exerceu mandato no período de 1º de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2004, sendo que no exercício financeiro de 2001 deixou de prestar contas ao fundo.

O relator do processo, desembargador Raimundo Melo, votou pelo afastamento da prefeita por encontrar fortes indícios de autoria e materialidade delitivas, após analisar relatórios de informação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Melo disse ser necessário o afastamento da prefeita diante do risco de grave lesão à ordem pública, à segurança e à economia públicas, consubstanciadas na manutenção no cargo de agente político sob acusação por crime de responsabilidade pelo qual está sendo denunciada. Acompanharam o relator os desembargadores Bayma Araújo e Froz Sobrinho.

Anapurus está localizada a 282 quilômetros da capital maranhense, na região leste do Estado.

domingo, 2 de maio de 2010

Prefeituras simulam gastos com combustíveis para desviar recursos públicos




Em matéria publicada hoje, o jornalista Luís Cardoso me inspirou e escrever este artigo. Vejam a matéria:


A Prefeita de Anapurus, Cleomaltina Telles, esposa do ex-deputado Júlio Monteles, torrou R$ 634.767,94 só em combutíveis no posto A.D.J do Nascimento Silva.

O que mais surpreende é que o prazo para o fornecimento do combustível é de apenas 10 dias, o que signifca dizer que a prefeitura gastaria mais de R$ 60 mil por dia. E por mês mais de R$1,8 milhão mês.

Em um ano, a prefeita gastará quase R$ 21 milhões em combustível. Uma farra e tanto. E ainda sobra para comprar dezenas de vidros de éleo de Peroba, arremata Luís.




Dileto(a) leitor(a), minha vivência de 10 anos executando atividades de controle na esfera municipal me permite afirmar que a despesa pública mais fraudada é com a aquisição de combustíveis.

O desvio de recursos começa com a falta de organização na distribuição do produto. Quase sempre não há controle algum do total de veículos que abastecem, das quilometragens percorridas e das pessoas que deveriam abastecer. Tudo claro, com o propósito de desviar os recursos públicos.

É comum encontrarmos situações onde o posto em que são abastecidos os veículos utilizados pela prefeitura sirvam também a vereadores,policiais, médicos, dentre outros.

Uma outra forma de mascarar o consumo exagerado é manter nos pátios das prefeituras veículos sucateados que não se prestam mais ao uso; mas objetivam tão-somente a simular a sua utilização para justificar os altos níveis de consumo praticados.

Um outro fato mais grave são os "amiguinhos" dos filhos de prefeito, que em visita ao municípios abasteçam à vontade e, ainda, levam alguns galões para casa.

Desse modo, como a máquina administrativa precisa de combustível para se movimentar, surgem robustas notas de gasolina e diesel nas prestações de contas do Fundeb, PAB (saúde) e Assistência Social.

Certa vez, localizei uma nota fiscal de 600 litros de oléo diesel que foram utilizados em um veículo uno mille. Um verdadeiro escárnio para com a população sofrida do município, e com nós mesmos da CGU que estávamos fiscalizando.

É por estas e outras que o Maranhão tem 9 entre os 10 municípios mais pobres do Brasil. E o dinheiro que deveria estar custeando as políticas públicas municipais em prol do cidadão mais carente esvai-se pelo ralo (ou pela bomba) da corrupção.

Uma lástima para esta bela Terra Timbira que tanto amamos.


Acordai povo!