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quarta-feira, 20 de junho de 2012

A nova utopia: de Thomas Morus aos dias atuais


Haverá um dia em que teremos, verdadeiramente, o exercício pleno da cidadania?

Thomas Morus imaginou uma ilha perfeita dotada de justiça social chamada Utopia
Por Welliton Resende

Há muito pensava em escrever um artigo para homenagear a minha crença na utopia de uma sociedade sem corrupção e vi que já fui precedido por muitos outros autores. Aliás, não foram apenas "autores" foram seres iluminados, travestidos de pessoas,  que deixaram a sua marca na História universal.



Com este pequeno ensaio pretendo propagar minha crença utópica de que o controle social dos recursos públicos é a ferramenta  de transformação da nossa sociedade e ao fazê-lo deparei-me com Thomas Morus e outros contestadores libertários do século XVIII.

Desde o mítico jardim do éden o homem tenta construir um modelo de sociedade parecida com a perfeição e para este humilde ensaísta  o que mais se aproximou deste ideário foi  Morus, filósofo e contestador inglês. A velha máxima de que cada pensador é influenciado pelo seu tempo é plenamente verossímil.

Thomas via no mundo novo descoberto por Colombo a possibilidade de a humanidade construir uma nova sociedade isenta das barbáries cometidas pela coroa inglesa e pelo mercantilismo. Para descrever este "mundo fraterno e justo" ele escreveu, em 1516,  o livro Utopia. A obra refere-se a um mundo onde tudo é correto, humano, justo e fraterno. 

Voltando aos dias atuais, alguns estudiosos de renome acreditam piamente que a construção da cidadania perpassa pela educação; não a educação apenas informativa, mas a formativa que vislumbra dar o fomento a cada pessoa do que é verdadeiramente ser cidadão, ou seja, um indivíduo dotado de senso crítico capaz de interagir e mudar o curso das coisas que, a seu ver, necessitam serem corrigidas.

A cidadania adormecida, que  vivenciamos hoje, é a principal responsável pelo estado de corrupção presente em todas as esferas de poder nacionais. Cresçamos enquanto homens e mulheres conscientes de nossas responsabilidades, se não por nós mesmos, que seja pelos nossos filhos.

Um resgate urgente da ética se faz necessário para que tenhamos uma sociedade melhor. Controle Social, Ética e Cidadania Ativa, são as palavras de ordem do novo tempo: o tempo do cidadão.