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sábado, 12 de abril de 2014

O FICO desconsolado e melancólico

Articulista comenta os bastidores da permanência de Roseana no governo do Maranhão.



Por Salvador Fernandes*

A Governadora Roseana Sarney Murad anunciou que fica no cargo até o final do mandato. Há duas vertentes de explicação: uma, de dimensão estritamente pessoal, onde sinaliza que cansou das lides ”politicas” e cogita uma vida longe dos holofotes, cujas prioridades são as relações de cunho familiar; outra, de aspecto institucional, que seria justificada pela necessidade de concluir sua “exitosa” administração estadual, cantada em verso e prosa como o melhor governo de sua vida, aquele que está catapultando os maranhenses ao idílico mundo das nações desenvolvidas. 

Sem delongas, esta foi uma decisão política indesejada, consequência do progressivo exaurimento do longo domínio oligárquico no Maranhão, ocasionando, inclusive, a fulminante desistência da capenga pré-candidatura de Luís Fernando Silva ao Governo do Estado. Para isto, contribuiu o precipitado e forçado enclausuramento político do ex-vice-governador na Corte de Contas maranhense, situação que provocou a transferência prioritária do jogo sucessório para o Legislativo estadual. Lá no parlamento, a “Branca” encontrou uma inesperada resistência ao pré-concebido desfecho de sua intrincada equação continuísta.

O Clã precisava de Roseana Sarney com mandato no Congresso Nacional. Afinal, a governadora, ao lado do Senador Sarney, são os principais expoentes da oligarquia, e o êxito de seus negócios depende, sobretudo, da força que exala dos mandatos conquistados. Porém, para eles, a condução das relações de Poder é, antes de tudo, de natureza familiar. Dessa forma, jamais confiariam, ou terceirizariam, o comando do governo estadual. Seja a uma “estrela” recém incorporada à sua constelação oligárquica, ou, especialmente, a um Presidente de Casa Legislativa sedento pela cadeira do Palácio dos Leões, cujo principal conselheiro é ninguém menos que o Ex-Governador José Reinaldo Tavares – integrante do rol de inimigos mortais do Velho Morubixaba.

O certo é que a Oligarquia não tinha garantias de eleger, pela via indireta, Luís Fernando oficialmente governador do Maranhão. Logo, os outros conluios tentados no Legislativo estadual direcionavam-se para uma possível relativização da necessária fidelidade canina, exigida do sucessor da governadora. Preterida no parlamento, a Oligarquia não podia abdicar da Arca estadual, instrumento primordial e estratégico para buscar, mediante emprego do patrimonialismo escancarado, reverter o quadro eleitoral que se apresenta absolutamente desfavorável. Além disso, não desejam a repetição da malograda experiência de 2006, quando a Oligarquia disputou, com a própria Roseana, o governo estadual, sem estar no seu comando, e foi derrotada pelo saudoso Jackson Lago. Assim, a permanência da Governadora Roseana Sarney hipoteca a viabilização plena do tradicional “modus operandi” eleitoral da Oligarquia.

Todavia, outros estorvos políticos se avizinham. Destaca-se a conjuntura de indefinição nas hostes dos petistas locais, reforçada pela renúncia de Luís Fernando. Antes da desistência do pré-candidato governista, o PT maranhense, nas palavras de seus dirigentes do campo majoritário, seria novamente aliado da Oligarquia no próximo pleito estadual.

Agora, com a ambiência de crise no “arraiá” oligárquico, potencializada pela perda dos cargos ocupados por petistas na administração estadual, argumentam que a questão da sucessão estadual precisa ser “rediscutida”. No entanto, a instância estadual “opina”, mas não decide. A deliberação final será da Direção Nacional do Partido. A perspectiva é de modificação de seu posicionamento sobre a conjuntura sucessória local. Isto por conta: do desgaste nacional decorrente da estreita e prolongada relação politica do PT com a oligarquia Sarney; da recente queda nas pesquisas eleitorais da candidata Dilma Roussef; e, na esfera estadual, da manutenção persistente da pré-candidatura de Flávio Dino em patamares de intenções de votos superiores a 50%.

Os últimos acontecimentos políticos no seio oligárquico reforçam a tendência de que a sigla trabalhadora descarte um alinhamento exclusivo com as candidaturas majoritárias sarneisistas. Esse novo cenário enfraquece a tese que tenta viabilizar um acordo com as demais forças políticas integrantes da base governista no Estado, enquanto que reforça a idéia de lançamento uma candidatura “pró-forma” ao Governo estadual. 

Entretanto, caso se confirme a propensão de queda da presidente Dilma, e Lula venha substituí-la, acentuam-se as possibilidades da tentativa de imposição de um cenário de coalização partidária. Se não prosperar a ideia do chapão da base aliada estadual, e Lula se torne candidato presidencial, haverá uma revitalização dos laços políticos com a Oligarquia, ficando, mais uma vez, as forças democráticas, hoje majoritariamente aglutinadas em torno do pré-candidato Flavio Dino, num plano secundário.

No processo eleitoral de 2010, o PT foi fundamental ao avalizar uma sobrevida política-eleitoral à oligarquia Sarney. Em 2014, o cenário político-eleitoral aponta para o desfazimento relativo, pelo PT nacional, da eterna gratidão ao “imortal” José Sarney, materializada em substantivos espaços na administração federal e nos apoios ostensivos às candidaturas majoritárias oligárquicas no Estado.

Salvador Fernandes é servidor público federal, economista e ex-Presidente Estadual do PT/MA(1996-1999).

sábado, 10 de agosto de 2013

Como o blog havia previsto, Luciana Lóssio se declarou impedida de relatar o processo de cassação de Roseana

Ministra do TSE Luciana Lóssio e Roseana
Nenhuma novidade até aí, pois se sabia que  ministra do TSE, Luciana Lóssio, se declararia impedida de continuar relatando o processo de cassação da governadora Roseana Sarney Murad (PMDB) e do vice Washington Oliveira (PT).

Luciana, tempos atrás, atuou como advogada de Roseana em um processo no TSE, portanto, nada mais lógico do que ela própria arguir a sua suspeição e não deixar que a outra parte o fizesse.

O processo agora vai para sorteio no qual será escolhido o próximo relator ou relatora.

Leia também:  Luciana Lóssio poderá atrapalhar o processo de cassação de Roseana?
Leia também: Cassação de Roseana: o ato falho de Gurgel

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Luciana Lóssio poderá atrapalhar o processo de cassação de Roseana?

Luciana Lóssio, ministra do TSE 
Vejo setores bem representativos da mídia eletrônica maranhense com medo desta jovem e simpática senhora chamada Luciana Lóssio. Luciana é a ministra do TSE a qual caberá a relatoria do processo de cassação contra o registro das candidaturas de Roseana Sarney (PMDB) e do vice Washington Oliveira (PT).

A ministra que está tirando o sono de alguns é bacharel em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e inscrita desde 1999 na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal, tem 38 anos, é natural de Brasília-DF.

Com experiência na Justiça Eleitoral, ela advogou nas eleições gerais de 2010 para a coligação “Para o Brasil seguir mudando”, que elegeu Dilma Rousseff (PT) presidenta da República. Fez inúmeras sustentações orais no Plenário do TSE. Também atuou na defesa dos então governadores José Roberto Arruda (DEM-DF), Rogério Rosso (PMDB-DF) e Roseana Sarney (PMDB-MA). É especialista em Direito Eleitoral e membro do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade).

No dia 13/10/11 ela foi nomeada pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral. Com a nomeação, Luciana se tornou a primeira mulher a ocupar a cadeira em uma das vagas destinadas a advogados na Corte Eleitoral.

Por haver defendido Roseana em 2009, muitos estão exigindo que ela se declare impedida de atuar no caso. Aliás, pelo curriculum da moça, não poderia atuar em caso algum, tendo em vista que já defendeu inúmeros políticos.

Além disso, pode ser jovem mais não é tola. Pensem na taca que a mídia quatrocentona sulista daria nela caso insistisse em relatar o caso de Roseana.

Gente, nós somos um país sério, acreditem!!!

Cassação de Roseana: o ato falho de Gurgel

Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão

O assunto mais comentado por internautas maranhenses é o processo de cassação da governadora Roseana Sarney Murad (PMDB). E o que ocasionou este alvoroço todo foi o parecer favorável do procurador Roberto Gurgel ao TSE.

Em seu parecer, fartamente recheado de provas e argumentos comprobatórios de utilização da máquina estadual para o favorecimento das campanhas da chapa governista, Gurgel apontou a celebração de convênios no valor de R$ 400 milhões com prefeituras.

A estratégia é o toma lá dá cá, me passa o convênio que eu voto em quem tu quiseres. Desse jeito não há vontade popular que resista. Gurgel só se esqueceu de anotar em seu parecer que esta prática é a tônica vivenciada nas eleições do Maranhão.


Leia também: Roseana poderá ser cassada em breve