Manifestação contra a corrupção em Icatu, MA, Brasil |
Por Welliton Resende
Muda-se o tempo, mudam-se as pessoas; mas a luta
continua como diria o pessoal do PSTU. O decurso do tempo acarreta,
impreterivelmente, em reformulações estruturais em nossa sociedade e na
percepção que nós temos dela; o materialismo histórico é o grande
detentor das rédeas da mutação social. Quem não se lembra do período de
chumbo da ditadura militar, onde a nossa luta coletiva era pela
liberdade de podermos escolher os nossos governantes.
Neste período, Caetano Veloso e Geraldo Vandré
imortalizaram-se como ícones pop da resistência musical antagonizando-se
com o movimento alienado apelidado de jovem guarda, que guardava mesmo
era a influência do “american way life” (estilo de vida americano) em
nossos costumes.
Enfim, a luta nos dias atuais não é mais por liberdade de expressão e, sim por participação popular nas conquistas conseguidas ao longo desse período tenebroso da História. A luta atual é para que o bolo que os militares tanto fermentaram comece finalmente a ser dividido entre todos.
Enfim, a luta nos dias atuais não é mais por liberdade de expressão e, sim por participação popular nas conquistas conseguidas ao longo desse período tenebroso da História. A luta atual é para que o bolo que os militares tanto fermentaram comece finalmente a ser dividido entre todos.
Os heróis de hoje são, portanto, as pessoas que buscam incentivar essa participação popular. Os exemplos são numerosos cabendo menção, por exemplo, o Centro de Direitos Humanos de Tutóia (MA) capitaneado pelo padre Francisco das Chagas, a Congregação do Irmãos La Salle de Presidente Médice (MA), o juiz Jorge Moreno, Dom Belisário, padre Vitor Asselin e tantos outros que se dedicam à causa do esclarecimento, da formação e da mobilização de pessoas da sociedade para que nós possamos ter cidadãos conscientes.
Trago uma reflexão presente em uma publicação do CDH de Tutóia (MA), que é a seguinte:
“Nenhuma pessoa, nenhuma família, nenhum grupo, nenhuma sociedade, podem viver por muito tempo sem ter esperança e projeto, que fazem parte de nossa condição humana, necessariamente aberta ao futuro. Se a elite não pode oferecer mais nada disso, sejamos nós os semeadores. A colheita virá.”
Que haja uma verdadeira radicalização da cidadania em nosso querido e sofrido Maranhão.