"Não sou de medir palavras, tão pouco emoções. Mas não consigo mensurar com precisão esse sentimento que invadiu-me o peito por inteiro desde o momento em que te vi pela primeira vez.
Lembro, com saudade, daquele momento surpreendente!
Do exato momento em que me olhastes e me contastes teus lindos sonhos, falando com entusiamo de todos os
teus anseios encharcados de dignidade e de justiça.
Uma enebriante sensação de prazer e cumplicidade invadiu-me a alma!
Uma vontade desenfreada de fazer parte desta utopia, paradoxalmente tão concreta, tão possível de se realizar para aqueles que acreditam num sonho, como nós acreditamos.
Não é tarefa fácil descrever sentimentos.
Tudo o que se fala é ínfimo para expressá-los, pois que estão tão lá dentro do nosso ser, da nossa alma, que apenas devem ser sentidos com o coração.
Sentidos em forma de poesia, de prosa, de rima. Entretanto, não encontrei nenhuma rima para o teu nome.
Nenhum poema que captasse o que dizes com teu olhar de menino. Então, em tua homenagem, apenas recordo com saudade da noite inesperada em que me amastes com a mesma entrega e intensidade devotada aos teus ideais de vida.
Volte um dia desses e traga de novo o teu sorriso!
Não permitas, jamais, que meus ouvidos deixem de ouvir qualquer coisa dita pela tua voz, os meus olhos de enxergar com clareza os anseios do teu coração, a minha boca de sentir o doce sabor dos teus beijos e o meu corpo de sentir o entorpecente calor dos teus abraços acolhedores e convidativos.
Permita que eu suavize com a sensibilidade de minha poesia qualquer fardo que seja mais pesado que as tuas forças, que te alimente com meus beijos, que te enfeitice com minha sensualidade, que te acalme o coração angustiado diante dos desmandos com minha paz inalterável e que te ame com toda a minha alma!"