Parece que são dois Brasis. Até antes da pandemia do COVID-19 não havia recursos para nada. Se a reforma da previdência não fosse aprovada o país quebraria em poucos meses, a fome reinaria na casa de milhões de pessoas e servidores públicos ficariam sem seus salários.
Com a pandemia, o dinheiro apareceu e surgiram aumentos no valor do Bolsa Família, auxílio emergencial (R$ 600), linhas de crédito da Caixa para servidores públicos e do BNDES para empresas.
Que mágica foi essa?
Nenhuma. Os economistas ultraortodoxos brazucas lembraram-se de Keynes. São lições do mestre: “o equilíbrio fiscal é elemento agravante das crises econômicas. Um governo responsável e consciente deve ter como meta não o equilíbrio fiscal, mas a redução do desemprego para superar a recessão econômica.” (FURTADO, 2009, p.88).
O efeito multiplicador Keynesiano diz que à medida em que se injeta recursos em comunidades , o nível de geração de empregos indiretos é bastante elevado. E isso repercute sobre todas as demais atividades, como comércio, agricultura e serviços em geral. (LEMOS, 2005, p. 128).