As redes sociais, e eu não nego a importância delas na atualidade, são um produto da “indústria cultural de massa”. Mas qual o papel da indústria cultural? Para Adorno e Horkheimer (1985) é a formação de um vasto público consumidor de comportamento passivo e, tanto quanto possível, desprovido de senso crítico.
“O espectador não deve ter necessidade de nenhum pensamento crítico e deve ser levado a cultivar a preguiça e o comodismo para que lhes seja evitada a reflexão” (ADORNO). Esses impactos anestesiadores das redes sociais (imagens de bundas perfeitas, viagens incríveis e festas colossais etc) devem atrofiar a imaginação crítica dos seus usuários.
“A diversão favorece a resignação”. Lembram-se que quando se passava fome na Roma antiga o imperador Calígula reativou as lutas dos gladiadores para distrair a população? “Divertir-se significa estar de acordo”. Se o prefeito da cidade não coloca medicamentos no hospital, mas faz uma festa de carnaval com bandas caríssimas, a população aceita tranquilamente ele é até reeleito.
Redes sociais: aprecie, mas com reflexão.