Mostrando postagens com marcador Lula. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lula. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Petrobras desiste da refinaria premium de Bacabeira

Lula, Roseana, Dilma e Lobão nas obras da refinaria Premium em Bacabeira-MA

Por Welliton Resende


Infelizmente, mais uma vez, a população da região do Munim foi enganada por algum projeto mirabolante. No final da década de 90 foi o "Pólo Industrial de Confecções de Rosário" que prometia transformar pobres lavradores em grandes mestres da costura.

Construído em Rosário, cidade de 34 mil habitantes e que fica localizada a 70 km da capital, o negócio acabou apenas enchendo os bolsos do esperto "empresário" chinês Chhai Kwo Chheng e da sua quadrilha.  Com muita pompa, o "pólo" foi inaugurado em 13 de dezembro de 1996 com a presença da ex-governadora Roseana Sarney, do ex-presidente da República e senador José Sarney (PMDB-AP) e do presidente à época  Fernando Henrique Cardoso. 

Em 2014, a promessa era a de transformar lavradores da cidade de Bacabeira, que fica a 60 km de São Luís, em petroleiros. Turmas de capacitação foram formadas com jovens de Rosário, Bacabeira, Axixá, Icatu, Pres. Juscelino, Morros e Cachoeira Grande. O sonho era fazer parte deste empreendimento que alavancaria o PIB do estado em 4 posições (hoje somos o 16º PIB do Brasil).

Por conta das promessas de crescimento, pequenos comerciantes expandiram os seus negócios e moradores pediram empréstimos nos bancos para construir quartos em seus quintais com a promessa de alugá-los aos trabalhadores da refinaria. A especulação imobiliária atingiu patamares assustadores e, até, políticos começaram a arquitetar planos para vencer as eleições em Bacabeira e "administrar" os futuros royalties da prefeitura.

Se engana quem acha que foram apenas pequenos agricultores e comerciantes que tiveram prejuízos. Grande grupos internacionais como, por exemplo,  o Solare investiu pesado com base em estudos de marketing com projeções favoráveis de crescimento da região. Resultado, um grande hotel inacabado nas margens da BR-402.

Há muito tempo já se sabia que  a refinaria não sairia do papel, no entanto, somente após as eleições a população maranhense teria conhecimento da verdade dos fatos. A "aventura" em Bacabeira resultou em um prejuízo contábil de mais de 2 bilhões para a Petrobras.

Maior que o dano financeiro, foram os danos causados na esperança de um futuro melhor por parte de um povo que já está cansado de ser enganado com projetos ilusórios e que só serve para encher os bolsos das elites que dominaram este estado por décadas. MUDA MARANHÃO!!!
 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Lula na berlinda!

 PROCURADOR DECIDE PEDIR INVESTIGAÇÃO DE ACUSAÇÕES DE VALÉRIO CONTRA LULA
 

O Estado de São Paulo

O Ministério Público Federal vai investigar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com base na acusação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, de que o esquema também pagou despesas pessoais do petista, O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu remeter o caso à primeira instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. Isso significa que a denúncia pode ser apurada pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em Brasília ou em Minas Gerais.

Aos integrantes do MPF Gurgel tem repetido que as afirmações de Valério precisam ser aprofundadas. A decisão de encaminhar a denúncia foi tomada no fim de dezembro, após o encerramento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério, que até então poupava Lula, mudou a versão após o julgamento.

Ainda sob análise do procurador-geral da República, o depoimento de Valério em setembro do ano passado, revelado pelo Estado, e os documentos apresentados por ele serão o ponto chave da futura investigação que, neste caso, ficaria circunscrita ao ex-presidente.

O procurador da República que ficar responsável pelo caso poderá chamar o ex-presidente Lula para prestar depoimento. Marcos Valério também poderá ser chamado para dar mais detalhes da acusação feita ao Ministério Publico em 24 de setembro, em meio ao julgamento do mensalão. Petistas envolvidos no esquema sempre preservaram o nome de Lula desde que o escândalo do mensalão foi descoberto, em 2005.

Mentiroso. Ao tomar conhecimento das acusações feitas por Valério, Lula o chamou de mentiroso. "Eu não posso acreditar em mentira, eu não posso responder mentira", reagiu o ex-presidente, em dezembro do ano passado.

No depoimento de 13 páginas, Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. O empresário relatou que os recursos foram depositados na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Nas palavras de Valério, Godoy era uma espécie de "faz-tudo" de Lula.

Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98,5 mil.

Oficialmente, Freud Godoy afirmou que o dinheiro serviu para o pagamento de serviços prestados durante a campanha eleitoral de 2002. Esses serviços, admitiu Freud Godoy à época da CPI, não foram formalizados em contrato e não houve contabilização formal das despesas.

No depoimento, Valério disse que esse dinheiro tinha como destinatário o ex-presidente Lula. Ele, no entanto, não soube detalhar quais as despesas do ex-presidente foram pagas com esse dinheiro. Conforme pessoas próximas, Valério afirmou que esse pagamento ocorreu porque o governo ainda não havia descoberto a possibilidade de gastos com cartões corporativos.

Gurgel volta de férias na próxima semana e vai se debruçar sobre o assunto. A auxiliares, o procurador já havia indicado que seria praticamente impossível arquivar o caso sem qualquer apuração prévia. No fim do ano, a subprocuradora Cláudia Sampaio e a procuradora Raquel Branquinho, que colheram o depoimento de Valério, foram orientadas por Gurgel a fazer um pente fino nas denúncias.

A intenção era identificar possíveis inconsistências no depoimento e armadilhas jurídicas. Gurgel, por mais de uma vez, manteve reservas sobre a acusação feita por Valério. E publicamente afirmou que o empresário é um jogador. Mas não desqualificou de pronto as afirmações do operador do esquema.

O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, disse que seu cliente vai aguardar "o destino que será dado ao expediente".

Cobrança. No STF, a revelação das acusações levou integrantes do tribunal a cobrarem investigações. O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, afirmou em dezembro que não haveria outra saída senão investigar. "O Ministério Público, em matéria penal, no nosso sistema, não goza da prerrogativa de escolher o caso que leva adiante, que caso ele vai conduzir. É regido pelo princípio da obrigatoriedade, tem dever de fazê-lo", disse.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Camuflagem Petista

Por Salvador Fernandes
A notícia da visita do ex-presidente Lula à residência do deputado federal Paulo Maluf (PP/SP) corre o Brasil afora. Motivo do rasga seda: fechar um acordo político-eleitoral com vista a turbinar a cambaleante pré-candidatura do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, à Prefeitura da cidade de São Paulo. Diferentes são as opiniões e atitudes relacionadas ao caso. No ato derradeiro, provocou, inclusive, a desistência da ex-prefeita Luiza Erundina de ocupar a vaga de vice na chapa petista. Se muitos brasileiros se sentem surpresos, indignados e traídos, o que dizer de nós, cidadãos maranhenses, que carregamos sobre os ombros as consequências da “moderna democracia” petista, simbolizada na máxima da eterna gratidão aos favores sarneístas.

Repete-se a cantilena das lideranças hegemônicas nacionais petistas, agora com o reforço do pré-candidato Haddad: “estamos buscando alianças eleitorais com os partidos da base de apoio ao Governo Dilma. Nada de estranho, afinal o Partido Progressista (PP) faz parte da coalizão governista desde 2004”. Sob esta “inovadora” ótica política, uma parcela dos membros do PT - de alta e baixa patentes - vai firmando, nas grandes, médias e pequenas municipalidades acordos eleitorais esdrúxulos, à exemplo da capital maranhense, inclusive com as siglas notadamente oposicionistas - PSDB, PPS e DEM. Todos, em outras épocas, seriam tratados como heresias e não passariam pelo crivo de qualquer uma das instâncias partidárias petistas.

Argumentam ainda que o País mudou, portanto o PT precisa ser renovado. Com isso, no arraial petista, vive-se o frisson do dividendo eleitoral. O programático deu lugar ao pragmático. Nessa nova quermesse estrelada, atraem-se “noviços empreendedores políticos”, alguns por aguçado senso de conveniência, outros, entre eles veteranos da militância política, por puro e rasteiro oportunismo.
No Maranhão, como em outras praças, assiste-se, entre os petistas, a uma frenética busca de parceiros eleitorais. Deslizes relacionados à probidade administrativa, à sonegação e à responsabilidade fiscal, ao crime organizado, à agiotagem com dinheiro público, ao enriquecimento ilícito, entre outros tantos - mazelas comuns à boa parte dos grupos políticos locais - não são, na maioria das situações, impedimentos para um acordo eleitoral.

Antes, nas formulações estruturais petistas, as sucessivas crises institucionais no Brasil teriam sido ocasionadas, em parte, pela ausência de partidos políticos nacionais consistentes. Nesses cenários - que persistem - diziam que as lideranças oligárquicas regionais, por terem o controle das siglas partidárias, transformavam-se nos principais interlocutores políticos junto aos Poderes da República. Assim, esses “monarcas dos sertões” priorizavam, e faziam valer os seus interesses escusos, tanto no tabuleiro político regional quanto no nacional.

No governo petista, a força política dos senhores oligarcas não sofreu qualquer abalo. Porém, tentam, de forma desvelada, convencer a sociedade de que a construção das relações institucionais ocorre sob a supremacia das direções partidárias componentes da base aliada. Na verdade, tais tentativas camuflam as relações políticas personificadas - das quais são reféns. No caso, querem fazer acreditar que nomes conservadores e arcaicos da política brasileira, como José Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho e Paulo Maluf, entre outros, seriam meros coadjuvantes na manutenção da governabilidade e na definição dos acordos políticos e eleitorais. Pior: sem titubear, vangloriam-se que governam com a maior “aliança partidária” da historia republicana brasileira.

Isto posto, e sem a prometida reforma político-partidária, dá para acreditar nessa “reinvenção” petista da política nacional?


Salvador Fernandes  é economista , servidor público federal  e ex-Presidente Estadual do PT/MA