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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A suprema hipocrisia dos "politicamente corretos"


Por Dina Ribeiro

Engraçado, hoje em dia todo mundo pode chamar as mulheres loiras de "burras", fazer piadas com os gays chamando-os de "veados"; quando se quer atacar ou xingar uma pessoa de forma direta faz-se isso xingando a mãe dela, e no entanto os pretos, sim, eu disse OS PRETOS, como eu, não podem ser chamados de pretos porque aí vira preconceito.

Então Charles Darwin e Alfred Wallace foram os maiores racistas da história, quando disseram que o homo sapiens veio do macaco! Aos "politicamente corretos" de plantão, eu só gostaria de dizer que vocês sim, são infinitamente mais racistas e preconceituosos que qualquer raça, pois se acham possuidores de dons superiores capaz de "defender" os fracos, oprimidos e impotentes, e pra mim, isso só perpassa a ideia de superioridade que vocês sentem de si em relação aos seus "defendidos".

Eu tenho amigos de todas as "raças", credos, cores e religiões e sou tratada por eles, com o mesmo respeito que dispenso a todos, por uma única razão, a saber: porque antes de sermos 100% essa ou aquela "raça", SOMOS TODOS 100% HUMANOS!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Zé Dirceu, o novo líder do pcc



Por Dina Ribeiro

O pcc (sigla para designar facção de bandido é em minúscula mesmo), saiu mais que fortalecido com a condenação do zé dirceu (também em minúsculo por razões óbvias), pois agora eles terão um líder de enorme peso político e intelectual para dar continuidade às suas ações.

Lamentavelmente a pena foi mínima, para quem se considera acima de todas as correntes de pensamento que lutam por um país melhor; um ícone do perigo do populismo personalista que operou parcerias com o que há de mais obsceno em matéria de política.

O ex ministro, em sua trajetória, mostrou que para perpetuação do poder, se vende até a alma, levando de roldão a força de Brasileiros conscientes de suas responsabilidades para com seu país. O então presidente Luis Inácio Lula da Silva, também fez a sua parte, e com maestria, como sabedor de tudo, mas preferindo endossar uma farsa de mal informado e obtuso. 

Só não devemos esquecer que isso começou lá nas Minas Gerais, no meio tucano na época do Eduardo Azeredo, a turma do PT copiou e aperfeiçoou com requintes de perfeição.

Agora, resta-nos esperar que o Poder Judiciário faça valer DE FATO todas estas condenações!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Senhores políticos, ser cidadão é ...


"A liberdade guiando o povo", Delacroix

Por Dina Ribeiro

Ser cidadão é ter a garantia de todos os direitos civis, políticos e sociais que asseguram a possibilidade de uma vida plena. Esses direitos não foram conferidos, mas exigidos, integrados e assumidos pelas leis, pelas autoridades e pela população em geral.

A cidadania também não é "dada", mas construída em um processo de organização, participação e intervenção social de indivíduos ou de grupos sociais. Somente pela constante vigilância dos atos cotidianos o cidadão pode apropriar-se desses direitos, fazendo-os valer DE FATO. Se não houver essa exigência, eles ficarão no papel.

O conceito de cidadania foi gerado nas lutas que estruturaram os direitos universais do cidadão. Desde o séc.XVIII, muitas ações e movimentos foram necessários para que se ampliassem o conceito e a prática de cidadania. Nesse sentido, pode-se afirmar que defender a cidadania é lutar pelos direitos e, portanto, pelo exercício da DEMOCRACIA, que é a CONSTANTE CRIAÇÃO DE NOVOS DIREITOS !

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Eu e a política: O que penso sobre ser vereador


Por  Dina Ribeiro
Muito se fala em ser moderno, afinal, a expressão transmite uma ideia de se estar à frente do tempo, ou pelo menos se colocando numa perspectiva de atualidade.

Socialmente, se apresentar como moderno equivale dizer que se está ligado ao novo, não importando para tantos o que essa novidade represente; por outro lado, psicologicamente, o ser humano tende a confundir e crer que “se é novo é melhor”, desta forma, se é melhor é moderno.

O que é ser moderno afinal?

Para alguns a modernidade é algo que se vive a partir do século XVII, incorporando as pessoas o modo de vida ou organização social europeu daqueles anos; para outros a modernidade está ligada a racionalidade econômica política e cultural, significando um aumento de eficácia desses fatores, em evidente conceito funcional, ou seja, a sociedade moderna seria aquela que funciona melhor que as antigas sociedades tradicionais, que precederam a renascença.

Eu acredito que ser moderno, é, antes de mais nada, é acreditar que sob o ponto de vista econômico, o indivíduo possa ter acesso ao trabalho, aos bens e serviços que necessite, sem que isso represente explorações ou injustiças, onde uns se sobreponham aos outros em dominação; de modo que a autonomia de uns não signifique a escravidão de seu semelhante; onde o planeta não arque com a conta do consumo desenfreado e a acumulação desnecessária, resultante do esgotamento de seus recursos.

Já sob a ótica política, ser moderno representa o exercício de uma cidadania ativa, num estado democrático de direito e consagrado pelo respeito aos direitos fundamentais do ser humano. Por fim, ser culturalmente moderno é acreditar no livre uso da razão, crendo que o indivíduo não necessita de tutores que lhes diga o que pode ou não ser imaginado ou criado, tendo direito a produção e acesso a todas as formas de manifestação cultural.

Fazer política num primeiro momento, portanto, é um processo de busca da realização da modernidade, esta não totalmente acabada, conforme os ideais preconizados em sua fundação; destarte, é papel do representante político perseguir o caminho da emancipação do ser, fora dessa perspectiva, o que resta são caprichos pessoais, manifestações privadas e seu distanciamento da representação que lhe é dada.

Em momentos de globalização, onde o tempo e espaço se confundem, onde as diversas expressões se apresentam em visível intensidade, o papel do representante político é de agenciar o direito às diversas manifestações, portanto, de mover-se no sentido de uma política que garanta as mais distintas manifestações e seus espaços de interlocução.

A política não pode ser voltada somente às maiorias, como também, não pode ser dirigida para atendimento exclusivo das minorias, sob o risco de se jogar em guetos de segmentos sociais determinados comportamentos, ideias e práticas. A política deve ser a expressão do coletivo, dos diversos subjetivismos, que agregados por valores comuns maiores, formam um todo significativo da realidade que existe, o consenso.

Nessa perspectiva mediadora, conforme o modelo brasileiro, em âmbito municipal, não só os cidadãos, mas também e principalmente com poderes instituídos, surge a figura do vereador, votado e escolhido pelos membros da sociedade local, portanto, dotado de legitimidade, torna-se encarregado e representante dos compromissos assumidos com sua comunidade.

Ser vereador é ouvir mais pelas ruas que ser ouvido na tribuna da Câmara, muitas vezes em discursos enfadonhos ou elogiosos, cínicos e estratégicos; cabe ao representante municipal voltar-se sempre aos apelos da sua comunidade, não importando se essas vozes venham de lugares que porventura não se seja seu reduto eleitoral.

Uma vez eleito, o vereador embora mantenha vínculos com seu eleitorado privado, todavia, torna-se representante de toda a comunidade, desta forma, saúde, educação, moradia, trabalho, assistência social, segurança, ordenamento e ocupação dos espaços públicos e tantos outros temas, deixam de ser propostas para ganhar a rubrica de realização comum e, pelos próximos quatro anos que virão, não pode haver outras preocupações senão estas.

Após eleitos os vereadores passam a ter um compromisso de servir ao povo, com denodo, responsabilidade e transparência; contudo, e acima de tudo, com a disposição de sempre mediar as necessidades, expectativas e interesses da população, entre agentes públicos e/ou privados, além de garantir o espaço de permanente expressão popular na casa legislativa municipal.

Votar num vereador compromissado com a modernidade possibilita avançar na construção da democracia real; ainda que audaciosa a proposta, se considerada em termos meramente locais, entretanto, os valores ora apresentados se aplicam de forma global e devem ser defendidos em todas as instâncias (município, estados e país); construir uma sociedade universal não é algo que se realize a partir de paradigmas internacionais, mas de microtransformações locais, que difundidas, se alastram e contaminam como vírus as demais esferas de poder.