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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O que acontece quando um prefeito tem contas rejeitadas pelo TCE?

Por Welliton Resende*


O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), na sessão plenária do dia 26/09/2012, condenou o ex-prefeito de Água Doce do Maranhão, José Eliomar Costa Dias, a repor R$ 132,9 mil aos cofres do município. O Tribunal reprovou as contas do prefeito relativas ao exercício de 2007 por não apresentarem documentação capaz de comprovar qualquer despesa realizada no exercício.


O que a população dever fazer a partir de agora?


O TCE-MA fez a parte dele, agora cabe a comunidade aguadocense fazer a sua. A mobilização da coletividade deve acontecer a partir de agora.


Em relação ao TCE-MA, ocorrerá o seguinte:


1-O ex-prefeito Eliomar, após a publicação da desaprovação das contas no Diário Oficial do Estado, tem o prazo de até 15 dias úteis para entrar com o Recurso de Reconsideração, que será analisado pelos auditores do TCE-MA;


2-Após esta análise, o Parecer Prévio do TCE-MA seguirá para a Câmara Municipal, que é quem vai decidir pela aprovação ou rejeição do relatório (Parecer Definitivo).


É nessa fase, que deve ocorrer a pressão, por parte da comunidade de Água Doce do Maranhão, junto aos vereadores para que estes não derrubem o relatório do Tribunal. 


É de suma importância que as entidades organizadas do município, tais como,  Centro de Direitos Humanos (CDH), associações e sindicatos iniciem um movimento de vigília pela manutenção do relatório. 

A vigília é importante, pois são notórios casos em que ex-prefeitos condenados pelo TCE são absolvidos em função de pagamento de propinas a vereadores. O ultimo caso que nos recordamos ocorreu em um município da região dos lençóis, onde cada vereador recebeu R$ 5.000 para derrubar o relatório do Tribunal.



Agora é a vez da mobilização, ou seja, a população deve-se utilizar de todos os instrumentos de pressão popular existentes. Vale, inclusive, envolver o Ministério Público nessa empreitada.



OBS: As dicas mencionadas valem para os outros 216 municípios do Maranhão.


Resende é ex-auditor do TCE-MA e atualmente é auditor da CGU*

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CGU aponta irregularidades em Água Doce do MA



Fonte: Jornal Pequeno




Um relatório de fiscalização da Controladoria Geral da União aponta diversas irregularidades cometidas na gestão do prefeito de Água Doce do Maranhão, José Eliomar da Costa Dias (PMDB), nos anos de 2008 e 2009. A fiscalização foi realizada no mês de março de 2010 com a participação da Polícia Federal, época em que o prefeito esteve foragido do município.

Dentre as irregularidades constatadas novo relatório estão saques de contas do Fundeb superiores às despesas comprovadas, que totalizaram mais de R$ 4,6 milhões. Afora isso, foram comprovados pagamentos com recibo de pessoa física sem assinatura do credor, pagamentos que já haviam sido feitos anteriormente, ou duplicados; além de apropriação de retenções do INSS e não recolhimento de contribuições previdenciárias em 2008 e 2009. A CGU também constatou a duplicidades de despesas na construção da Escola Jaime Batalha de Sousa e utilização de notas fiscais clonadas.

Uma nota fiscal da JMM Comercio e Representações, utilizada na prestação de contas foi clonada, pois a verdadeira nota fiscal, cuja via cativa foi obtida junto ao empresário, foi emitida em 19/11/2009 para a Prefeitura de Presidente Vargas. O empresário José Moacir Machado Filho, proprietário da empresa JMM Comercio e Representações Ltda denunciou a fraude contra sua empresa à Policia Federal e o vereador Zé Wilson (PT) denunciou na Câmara de Vereadores, Ministério Público e Justiça Federal.

Foi constatada duplicidade de despesa na construção de um laboratório de informática de escola estadual que abriga escolas do município e também foram clonadas notas fiscais da Distribuidora MV. A CGU também constatou em seu relatório a ausência de licitação previa a todas as obras e aquisição de bens e serviços, falta de fornecimento de merenda escolar para escolas, não localização de equipe do Programa Saúde da Família (PSF) e obras de pavimentação de ruas paralisadas há mais de ano. Segundo a CGU o relatório já foi enviado a Câmara de Vereadores de Água Doce e a todos os demais órgãos competentes.