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terça-feira, 21 de abril de 2020

O que é pobreza?



Por Welliton Resende

Segundo a ONU, pobreza significa a negação das oportunidades de escolha mais elementares para o ser humano, tais como: ter uma vida longa, saudável e criativa; ter um padrão adequado de liberdade, dignidade, auto-estima, e gozar de respeito por parte de outras pessoas.
Para Reed e Sheng (1997), pobreza é uma relação historicamente determinada entre grupos sociais, na qual um segmento significativo da população está privado dos meios que viabilizem atingir níveis adequados de bem-estar social.
Na primeira visão, o crescimento da renda seria a solução para a erradicação da pobreza. Na segunda, a solução do problema requer uma mudança nas relações sociais.
E o que tu pensas, querido (a) leitor(a)?

Pobreza e degradação ambiental, as duas faces da mesma moeda



Por Welliton Resende

Existe uma correlação muito forte entre pobreza, entendida como um processo de exclusão social, e a degradação ambiental. Antes de adentrarmos, vamos saber o que significa degradação ambiental?

Degradação ambiental é uma área que se encontra com vegetação destruída e/ou removida, em consequência a fauna é expulsa do seu habitat. Também ocorre quando a camada do solo fértil é perdida, removida ou coberta, afetando a vazão e qualidade ambiental dos corpos superficiais e/ou subterrâneos. Ou seja, alterando as características físicas, químicas e biológicas da área, afetando seu potencial sócio-econômico.

Em estado de carência as pessoas se utilizam dos recursos naturais de forma predatória até a sua exaustão. Por exemplo, o desempregado vai ao mangue e corta as árvores para fazer carvão para aquecer as churrasqueiras da elite.
No entanto, não há como exigir de famílias em estado de pobreza absoluta um outro comportamento.

Os ricos, por seu turno, com seu consumo ostentatório e desenfreado têm um potencial de degradação muito maior.

A saída para equação diabólica: aos pobres, inserção no processo de produção que viabilize uma renda compatível com uma existência digna; aos ricos, trabalho de conscientização para que repensem hábitos de consumo exagerado e desnecessário.

domingo, 29 de março de 2020

O que faz pessoas “perdedoras” ou “vencedoras”?



Por Welliton Resende

Na sociedade moderna os indivíduos acreditam que são sujeitos do próprio destino, mas não o são apenas em um nível muito pequeno. As pessoas acreditam tolamente em uma “igualdade de oportunidades” para quem quer “vencer na vida”.

Em verdade, o caminho dos “vencedores” já está pré-decidido por vantagens acumuladas desde o berço. A ideologia da    “meritocracia” é um completo engano e transforma privilégio social em “talento individual”.

Você, atento leitor(a), crer mesmo que o filho de um carroceiro e o de um médico terão as mesmas oportunidades em um dos países mais desiguais e injustos do planeta (Brasil)?

Na competição desenfreada da sociedade moderna, adquire todo sentido o pensamento de Axel Honneth - filósofo e sociólogo alemão- sobre a importância das relações afetivas e emocionais familiares como pressuposto para o exercício do trabalho pelo indivíduo.

Nesse sentido, como o filho do carroceiro, pegado como exemplo, que nunca viu o pai lendo, apenas fazendo serviços braçais e brincando com os instrumentos desse tipo de trabalho, pode ter sucesso escolar?

Nessa linha de pensamento,  as crianças das classes inferiores já chegam à escola como “perdedoras”, enquanto as crianças da classe média já chegam “vencedoras” pelo exemplo e estímulo paterno e materno efetivamente construído.

Jessé Souza (2015) revela, por meio de pesquisa acadêmica, que nas “classes populares” os exemplos bem-sucedidos na família são muito mais escassos, quando existentes. Quase todos necessitam trabalhar muito cedo e não dispõem de tempo para estudos, o alcoolismo, fruto do desespero com a vida, ou abuso sexual sistemático, são muito relatados.

Assim, a tríade disciplina, autocontrole e pensamento prospectivo (visão de futuro), que são pressupostos básicos de qualquer aprendizado na escola ou no mercado competitivo, é parcial e incompleto, ou até inexistente, nas classes populares.

Portanto, o domínio permanente de classes sobre outras exige que as classes dominadas se vejam como “inferiores”, preguiçosas, burras, menos capazes, menos éticas...

Por fim, se o dominado socialmente não se convencer da sua inferioridade, não existe dominação social possível. RESISTÊNCIA!!!


29/03/2020

sábado, 15 de dezembro de 2018

Para onde vai a nossa riqueza?


Por Welliton Resende
 
Há muito trabalho a ser feito. O nosso combalido e saqueado Maranhão apresenta indicadores sociais dramáticos e é o Estado, segundo o IBGE, com o maior número de pessoas abaixo da linha da pobreza. Os dilemas dessa confluência perversa são os seguintes: somos o 16° PIB e o último em todos os indicadores sociais. Para onde vai a nossa riqueza???

Esses dados chocantes nos ferem a alma, mas temos que ser resignados. A corrupçao nos coloca nesse patamar vergonhoso e precisamos enfrentá-la fortalecendo o controle social dos recursos públicos.


Só auditores sociais formados salvarão o Maranhão.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mas quem o "Neymar" está 'pegando" ultimamente?


O Brasil próximo a um hecatombe financeiro e a mídia explora em exaustão o "caso Neymar". Basta se observar o tempo gasto nas coberturas das televisões abertas sobre os dois casos para se notar a diferença entre profundidade, tempo e abrangência da abordagem dos assuntos. Vamos tratar do "Neymar" e deixar que poucos iluminados descubram uma solução salomônica para milhões de empregos e esperanças de futuro de um povo inteiro. Mas quem o "Neymar" está 'pegando" ultimamente?