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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

O fogo de Prometeu e a luta de classes

Por Welliton Resende
 
Segundo a mitologia grega, quando o semideus Prometeu resolveu roubar o fogo de Zeus para dar aos mortais, o deus grego teve receio de os homens ficarem mais poderosos que ele.

Tal como o mítico "fogo", o conhecimento hoje tem o poder de abrir horizontes e propiciar a reflexão sobre as causas que levam boa parte da sociedade à exclusão social. É inadmissível, por exemplo, que um Estado como o Maranhão, que possui o 17º PIB (Produto Interno Bruto) do país, seja afligido com os piores indicadores sociais.

Voltando à lenda, como vingança Zeus passou a criar problemas e aflições para os homens, começando por ocultar o fogo. O recrudescimento por parte das elites que teimam em manter sua hegemonia transforma a sociedade em uma verdadeira arena de lutas. A luta de classes deve ser contínua para que a história mantenha a sua dinâmica.

Como não bastasse o primeiro roubo, Prometeu roubou Zeus novamente e passou aos homens todos os segredos para a fabricação do fogo. A partir de agora, os homens produziriam seu próprio calor sem a dependência da boa boa vontade dos deuses do Olimpo.

Irado com a nova ofensa, Zeus  acorrentou Prometeu a um rochedo, com um abutre comendo seu fígado por toda a eternidade. A partir daí, o flagelo de Prometeu passou a ser uma representação mítica da audácia humana.

Sejamos audazes, façamos a reconstrução das narrativas que nos afligem e nos tolhem a possibilidade de uma vida melhor. Que o fogo de Prometeu nos ilumine sempre!!!