João Alves |
Tudo começou a partir de denúncias do economista José Carlos dos Santos, integrante da quadrilha e chefe da assessoria técnica da Comissão do Orçamento do Congresso. No entanto, José Carlos não fez as denúncias imbuído de espírito de arrependimento, tão comum às pessoas de boa índole; ele o fez para encobrir um outro crime igualmente terrível: o assassinado de sua esposa Ana Elizabeth Lofrano.
Ele imaginara que o caso dos anões iria tirar a atenção da imprensa do assassinato de sua esposa. Em princípio, sob a esdrúxula alegação de "lavar a própria honra" tentou justificar o crime, no entanto, com o decorrer das investigações a polícia concluiu que Elizabeth ameaçava denunciar os podres da máfia e eclodir todo o esquema. Anos mais tarde, na cadeia, José Carlos tentou o suicídio, mas foi salvo pela carceragem. Perdeu a gorda aposentadoria do Senado Federal e hoje vive no ostracismo e bem longe das altas rodas de Brasília.
Registre-se, por oportuno, que a expressão "anões do orçamento" fora cunhada não porque os larápios de meia-idade fossem fãs incondicionais da obra de Walt Disney, e sim porque apresentavam baixa estatura física e (mais baixa ainda) moral. Considerações físicas à parte, os anões foram congressistas que final dos anos 80 e início dos anos 90 formaram quadrilhas para desviar recursos do orçamento da união.
O modus operandi deles era destinar emendas parlamentares para entidades filantrópicas ligadas a parentes e "laranjas". Mas o principal eram os acertos com grandes empreiteiras para a inclusão no orçamento de grandes obras, em troca de propinas. Para justificar a riqueza, um dos anões, o deputado federal João Alves, soltou esta pérola: "Deus me ajudou e eu ganhei dinheiro, tive a sorte de acertar na loteria 13 vezes".
Felizmente, como na estória de Disney, o caso teve um final feliz: os anões foram investigados e cassados perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de grande repercussão nacional. Para estes, a bruxa malvada fora implacável. E não pensem que o Maranhão sairia ileso desta, o deputado federal Cid Carvalho fora investigado e também cassado pela CPI. Prá variar!
Registre-se, por oportuno, que a expressão "anões do orçamento" fora cunhada não porque os larápios de meia-idade fossem fãs incondicionais da obra de Walt Disney, e sim porque apresentavam baixa estatura física e (mais baixa ainda) moral. Considerações físicas à parte, os anões foram congressistas que final dos anos 80 e início dos anos 90 formaram quadrilhas para desviar recursos do orçamento da união.
O modus operandi deles era destinar emendas parlamentares para entidades filantrópicas ligadas a parentes e "laranjas". Mas o principal eram os acertos com grandes empreiteiras para a inclusão no orçamento de grandes obras, em troca de propinas. Para justificar a riqueza, um dos anões, o deputado federal João Alves, soltou esta pérola: "Deus me ajudou e eu ganhei dinheiro, tive a sorte de acertar na loteria 13 vezes".
Felizmente, como na estória de Disney, o caso teve um final feliz: os anões foram investigados e cassados perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de grande repercussão nacional. Para estes, a bruxa malvada fora implacável. E não pensem que o Maranhão sairia ileso desta, o deputado federal Cid Carvalho fora investigado e também cassado pela CPI. Prá variar!
José Carlos dos Santos |