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sábado, 28 de dezembro de 2013

Como lidar com a inveja no ambiente de trabalho?

 Por Welliton Resende*

A inveja sempre existiu ( e creio que persistirá) na História da humanidade. Desde tempos idos, que alguns homens teimam em deixar-se seduzir pelo sentimento de querer o que o outro tem.

A alma do invejoso é corroída diuturnamente por uma vontade frustrada de possuir bens materiais ou qualidades do invejado. E esta frustração traz consigo sentimentos de impotência, fracasso e inferioridade.

No ambiente corporativo, o pensamento é o seguinte: “se ele não estivesse nesta posição, ela seria minha”. A inveja é mais comum do que se imagina nas organizações  e pode ser derivada de alguém possuir moral com o chefe, receber uma promoção ou até mesmo uma escrivaninha nova.

O invejoso não se dá conta de que quem brilha ralou um montão para atingir este patamar. E se ele fizer o mesmo, terá as mesmas possibilidades.

Muitos classificam a inveja em “boa” ou “ruim”. E dizem que a boa é quando você a canaliza para sair da sua posição e buscar um processo de melhoria. Para mim, isto não caracteriza a inveja, mas sim mirar-se em um bom exemplo para atingir os seus objetivos. Existe até a máxima, “foi por inveja dos pássaros que o homem inventou o avião”. Pura crendice!

Sem querer ceder aos radicalismos, inveja é sempre maléfica. Detesto as pessoas que se propõem a denegrir os outros com o intuito de aparecer mais. E é comum em trabalhos em equipe o invejoso falar mal dos colegas para mostrar que só ele conhece o serviço. “Queimar os colegas” é a forma mais visível de quem está com inveja.

Outro personagem invejoso que odeio é o puxador de saco, embora alguns chefes gostem e até alimentem este tipo de conduta no ambiente de trabalho. Em verdade, se tratam mesmo de chefes e se não mudarem suas condutas dificilmente passarão à condição de líderes.

Renato Sorriso
Se a ascensão de um colega incomoda, por que não estudar os casos de sucesso dele e procurar trilhar o mesmo caminho? Garanto que ele não descobriu a pedra filosofal ou o toque de Midas (lenda grega no qual aquilo que o rei tocava com suas mãos virava ouro).

E para quem está sendo invejado, minha dica é: Mantenha o foco e aperfeiçoe-se cada vez mais. Faça suas atribuições com mais perfeição e afinco. Lembre-se o brilho é inerente a quem se sobressai. Não se deixe paralisar!

 Gosto sempre de citar o exemplo do gari Renato Sorriso, aquele que se notabilizou por sambar na Marquês de Sapucaí após os desfiles das escolas. Certamente era muito criticado por seus colegas que deveriam acusá-lo de querer aparecer. Os outros garis ninguém conhece, já o Sorriso (...).

Estão vendo, caros leitores, como mesmo um simples gari pode chegar ao sucesso fazendo o que gosta com perfeição?

Resende é auditor federal e administrador de empresa.