Paixões ou vontades: Qual dos lobos você alimenta?
"Essa batalha entre paixão e vontade ocorre quase diariamente. A fábula dos dois lobos, da tribo indígena norte-americana Cherokee, ilustra essa luta interna, onde a escolha de qual lobo alimentar determina o vencedor" (Welliton Resende)
O sábio grego Hipócrates (460-370 a.C.), considerado o pai da Medicina, propôs que a personalidade humana é moldada por quatro temperamentos básicos: colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico.Colérico: Indivíduos com este temperamento tendem a ser otimistas, confiantes, extrovertidos e assertivos, frequentemente assumindo papéis de liderança, como observado por Peter Drucker, o pai da Administração.
Sanguíneo: Caracteriza-se por pessoas extrovertidas, alegres, sensíveis, comunicativas e com habilidade para realizar múltiplas tarefas.
Melancólico: Este temperamento é marcado pela introversão, sensibilidade, preocupação e lealdade. Indivíduos melancólicos preferem o isolamento e possuem forte capacidade analítica, buscando identificar e evitar problemas.
Fleumático: Pessoas com este temperamento são calmas, tranquilas, estáveis e ponderadas, embora possam demorar a tomar decisões devido ao excesso de análise.
Em todos os temperamentos descritos por Hipócrates, há uma dualidade constante entre paixões e vontades. As paixões emergem do inconsciente, abrangendo memórias, desejos e pensamentos inacessíveis à consciência. Elas impulsionam grande parte de nossas ações. A vontade, por outro lado, reside na esfera consciente, representando aquilo que podemos controlar, independentemente do nosso temperamento.
Nossa jornada diária consiste em controlar as paixões e fortalecer a vontade, buscando o autocontrole.
Exemplo pessoal: "Em um sábado à noite durante a Quaresma, saí com amigos, mas controlei minhas paixões e abstive-me de bebidas alcoólicas, respeitando o período que antecede a Semana Santa. Senti que obtive uma vitória sobre minhas paixões, com a vontade prevalecendo.
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Essa batalha entre paixão e vontade ocorre quase diariamente. A fábula dos dois lobos, da tribo indígena norte-americana Cherokee, ilustra essa luta interna, onde a escolha de qual lobo alimentar determina o vencedor. Portanto, cultive o autocontrole, independentemente do seu temperamento hipocrático.
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