quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Gestão municipal: Programa Federal Time Brasil apoia os municípios maranhenses

 


Por Welliton Resende

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Recebemos, ontem, a visita do prefeito eleito de Itapecuru-Mirim Benedito Coroba e do controlador-geral André Nascimento. Fiz uma pequena exposição a ambos do novo Programa Federal, o Time Brasil.

O Time Brasil foi criado para melhorar a gestão pública e fortalecer o combate à corrupção de municípios e estados em todo o Brasil. A iniciativa funciona de forma cooperativa entre entes federativos nacionais, CGU e órgãos parceiros.

Na oportunidade, os interessados realizarão uma autoavaliação (quanto aos pilares transparência, integridade pública e participação social) para definir o Plano de Ação local. A partir disso, haverá treinamentos e oficinas para auxiliar na melhoria dos aspectos apontados no documento.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Redes sociais: aprecie, mas com moderação

 


As redes sociais, e eu não nego a importância delas na atualidade, são um produto da “indústria cultural de massa”.  Mas qual o papel da indústria cultural? Para Adorno e Horkheimer (1985) é a formação de um vasto público consumidor de comportamento passivo e, tanto quanto possível, desprovido de senso crítico.


“O espectador não deve ter necessidade de nenhum pensamento crítico e deve ser levado a cultivar a preguiça e o comodismo para que lhes seja evitada a reflexão” (ADORNO). Esses impactos anestesiadores das redes sociais (imagens de bundas perfeitas, viagens incríveis e festas colossais etc) devem atrofiar a imaginação crítica dos seus usuários. 


“A diversão favorece a resignação”. Lembram-se que quando se passava fome na Roma antiga o imperador Calígula reativou as lutas dos gladiadores para distrair a população? “Divertir-se significa estar de acordo”. Se o prefeito da cidade não coloca medicamentos no hospital, mas faz uma festa de carnaval com bandas caríssimas, a população aceita tranquilamente ele é até reeleito.


Redes sociais: aprecie, mas com reflexão. 



segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Auditor federal publica artigo científico sobre as operações de enfrentamento à corrupção no Maranhão

 


O auditor federal e coordenador do Núcleo de Ação de Ouvidoria e Prevenção à Corrupção (NAOP) da Controladoria Regional da União no Estado do Maranhão, Welliton Resende Silva, publicou artigo no 2º volume da Revista de Estudos Amazônicos-Somanlu, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A pesquisa foi realizada com base nas análises dos relatórios referentes às 23 operações especiais realizadas no período de 2007 a 2018 pela CGU no Maranhão. 


Verificou-se que o maior número de ações foi para enfrentar a corrupção em municípios, em um percentual de 60,8% do total das OE´s realizadas. Em geral tiveram por objeto derrotar o desvio de recursos públicos que ocorriam em prefeituras. Em seguida vem o Governo Estadual com 26,3% para estancar a sangria nos cofres públicos na área da saúde. O Governo Federal, por sua vez, ficou com 8,6% e as ONG’s que recebem recursos federais com 4,3%.

O que se constata com o presente trabalho é que ação repressiva tem elevado a consciência crítica da intolerância ao fenômeno da corrupção. A realização das Operações Especiais abriu uma nova agenda de enfrentamento à corrupção na Administração Pública no Maranhão. O caso da CGU é expressivo dessa nova realidade, pois ela não atua mais apenas como controladora, mas também como ativadora das energias inteorganizacional congregando, cada vez mais, atores governamentais e sociais a se somarem a este esforço. 

"avalio que a realização das Operações Especiais contribuiu de modo significativo para diminuir da sensação de impunidade que, via de regra, acompanha os corruptos e corruptores. Outro fator importante é que as ações possibilitam à sociedade tomar conhecimento dos atos ilegais e eticamente reprováveis praticados por seus gestores", ressaltou Resende.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O maior desafio dos novos prefeitos e prefeitas

 

A crise econômica que se alastra desde 2008, que reduziu as transferências federais aos municípios, e o novo salário mínimo de  R$ 1.087,85 para o próximo ano, acarretarão em enormes dificuldades para o pagamento do funcionalismo das prefeituras.


Em resumo, tem-se um quadro de diminuição de arrecadação e as necessidades sempre prementes de mais recursos; quer seja para o pagamento do novo mínimo; quer seja para a expansão das políticas públicas tanto almejadas pelos munícipes. Desse modo, urge que os Gestores ajustem os seus municípios para fazer face ao momento vigente. Para manter a governança tributária municipal aqui vão algumas sugestões aos prefeitos e prefeitas para 2021:

a)reduzir cargos em comissão ou funções comissionadas em até 20%;

b)cortar gastos com despesas de telefonia, veículos, material de expediente, combustível, etc;

c)reduzir o horário de expediente da prefeitura, com vistas a reduzir igualmente os seus custos;

d)Suspender temporariamente os investimentos públicos;

e)não nomear servidores concursados;

f)reduzir as terceirizações de mão-de-obra em até 30%;

g)combater o desperdício na Administração Pública;

h)incrementar a arrecadação dos impostos municipais buscando reduzir a inadimplência e a sonegação de IPTU e ISS;

i)combater a corrupção;

j)modificar a Lei de Estrutura Administrativa Municipal com vistas a diminuir o tamanho da máquina pública da prefeitura;

l)informar a população, através da audiências públicas da LRF, sobre a real situação do município e as providências que estão sendo postas em prática.


Boa sorte aos Gestores que querem, realmente, promover mudanças eficazes e encontrar soluções para o enfrentamento desta crise de proporções planetárias.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

O Programa Time Brasil veio para ajudar os gestores municipais

 




O Time Brasil e o novo programa criado pela CGU para melhorar a gestão pública e fortalecer o combate à corrupção de municípios em todo o Brasil. A iniciativa funciona de forma cooperativa entre entes federativos nacionais, CGU e órgãos parceiros.

O programa começa com o gestor fazendo uma autoavaliação sobre a situação da transparência, integridade pública e participação social no seu município, por meio de um questionário na página da CGU.

A partir desse diagnóstico, será definido uma plano de ação como, por exemplo, regulamentar a Lei de Acesso à Informação no município mediante decreto. Definido esse plano de ação, haverá treinamentos e oficinas com 3 servidores indicados pelo prefeito para auxiliar na melhoria dos aspectos apontados na autoavaliação.

Depois disso, os servidores levarão para o prefeito o Plano de Ação para ser aprovado e proceder a assinatura do Termo de Adesão ao Time Brasil com a CGU.

São objetivos do Time Brasil: Fortalecer políticas de transparência local; Implantar funções de controladoria; Disseminar boas práticas de integridade pública; e,Estimular ações de participação e controle social.

São benefícios do Time Brasil: Plano de Ação flexível para cada município; Capacitações, além de apoio de rede de parceiros; Implementação de ações e estruturas de controladoria; e, Divulgação de boas práticas e casos de sucesso.

Mais informações em: CGU



terça-feira, 24 de novembro de 2020

Transparência e publicidade são a mesma coisa?

 


O Conceito de transparência pública é muito mais abrangente que o de publicidade, uma vez que o simples ato de tornar público algum documento governamental não implica necessariamente em tornar transparente a ação do governo através desta publicidade, pois que a transparência requer uma linguagem mais acessível, de fácil compreensão para qualquer cidadão, diferentemente da disponibilizada através de documentos públicos com termos arraigados de tecnicidade, como é o caso dos balanços orçamentários e financeiros (SILVA, WR).

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Transição municipal republicana: sinal de maturidade política

 


Com exceção de São Luís, onde os eleitores voltarão às urnas para o segundo turno, nos demais municípios onde não houve a reeleição do gestor deve ser realizado o processo de transição municipal. O essencial é que esse processo ocorra da forma mais natural possível e sem quaisquer prejuízos à população. O primeiro cuidado a ser observado pelo novo prefeito é evitar a interrupção dos serviços públicos essenciais à população (educação, saúde, limpeza e transporte público).

 

Trocando em miúdos, o cidadão não deve (ou deveria) ser penalizado porque o atual prefeito perdeu a eleição. Se a votação dele não foi suficiente é porque não fez jus aos compromissos assumidos com os seus eleitores. Agora não adianta penalizar a população não pagando fornecedores, servidores contratados e até, pasmem, levando as tomadas do prédio da    prefeitura. Um espetáculo, no mínimo, ridículo. Enfim, a transição é um processo de mudança natural.

 

 

Voltando ao tema, toda equipe de transição deve observar com muito cuidado os contratos que envolvem a prestação de serviços públicos essenciais, tais como: limpeza urbana, iluminação pública, fornecimento de alimentação escolar, medicamentos e outros insumos essenciais ao funcionamento da máquina pública. Pensem na “queimação” que é começar um mandato com a interrupção dos serviços de coleta de lixo, por exemplo.

 

Desse modo, os membros das equipes de transição devem observar primeiramente questões como vigência contratual e, o mais importante, se os contratos vigentes de áreas essenciais estão sendo pagos regularmente.  Assim, caso estes contratos estejam no final, um dos primeiros atos será providenciar um aditivo até que se possa fazer uma nova licitação para a recontratação destes serviços.

 

E para estes casos,  a Lei de Licitações (Art. 65 da Lei 8.666/1993) assegura um aditivo até um percentual de 25% do valor original do contrato. Desse modo, a prestação do serviço público essencial à população não sofrerá descontinuidade, até que o resultado da nova licitação possa ser homologado.

 

Hodiernamente, deixar as cidades com a aparência de “terra arrasada” para depois emitir um decreto de calamidade pública e contratar tudo sem nenhum critério e sem licitação é uma prática que a população não aceita mais. E não se espantem se alguns prefeitos ou prefeitas deixarem de pagar os fornecedores apenas para provocar a interrupção dos serviços públicos essenciais e, com isso, prejudicar a próxima administração.

 

Para assegurar isso, o governo estadual editou a Lei nº 10.219/2015, de 31 de março de 2015, que Institui a Transição Republicana de Governo, dispõe sobre a formação da equipe de transição, define o seu funcionamento e dá outras providências.

 

Da mesma forma, que o Art. 156 da Constituição do Estado do Maranhão que no prazo de dez dias após a proclamação do resultado da eleição municipal pelo Juiz Eleitoral da respectiva Zona, o Prefeito Municipal deverá entregar ao sucessor, relatório da situação administrativa municipal, que conterá obrigatoriamente:

 

I – relação das dívidas do Município por credor, com as datas dos respectivos vencimentos; 

 

II – medidas necessárias à regularização das contas municipais junto ao Tribunal de Contas do Estado e da União, referentes a processos que se encontram pendentes, se for o caso; 

 

III – situação dos contratos com empresas concessionárias de serviços públicos; 

 

IV – relação dos contratos para execução de obras já em andamento ou apenas formalizados, informando o que foi realizado e pago, bem como o que há para realizar e pagar referente aos mesmos; 

 

V – transferências a serem recebidas da União e do Estado, referentes a convênio; 

 

VI – relação dos servidores municipais efetivos e comissionados com a respectiva lotação e remuneração. 

 

Mãos à obra e sucesso no processo de transição!!!


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Segundo turno: escolha bem por você e pelos outros

 

A frase original é da obra clássica "O pequeno príncipe" do genial Saints-Exupéry.

O autor quer dizer que aquele que é amado passa a ser responsável pelo outro, por aquele que nutre o afeto por você. O ensinamento sugere que devemos ser prudentes com os sentimentos daqueles que nos amam.

A reflexão serve tanto para o bem quanto para o mal: se você gera sentimentos bons, é encarregado por aquilo que emana, se gera sentimentos maus, também deve ser culpabilizado por isso.

A reflexão proporcionada por Exupéry se opõe a noção individualista de cada um por si e fomenta a reciprocidade, a consciência coletiva de que somos responsáveis uns pelos outros.

Por isso saiba que o seu voto não vai impactar apenas na sua vida, mas na de outros milhares. Tenha consciência disso e exerça esse momento com a maior sabedoria possível.

Escolha bem por você e pelos outros.


sábado, 14 de novembro de 2020

O conceito de auditor social


 Caros colegas, como fruto de minha pesquisa acadêmica e produção de texto dissertativo, elaborei o conceito de "auditor social" para dar embasamento teórico a uma das categorias da pesquisa.


Nesse sentido, defini auditor social como sendo a pessoa com conhecimento suficiente para acompanhar, fiscalizar e emitir opinião sobre a correta aplicação dos recursos públicos  (SILVA, WR , 2020).


Vamos ajudar a divulgar o conceito!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Game da cidadania será lançado em dezembro

 


Game da Cidadania tem o intuito de estimular a reflexão e a conduta ética e cidadã entre o público adolescente e jovem de 11 a 17 anos. A iniciativa visa desenvolver a consciência crítica sobre pequenos atos de corrupção, que muitas vezes passam despercebidos no dia a dia das pessoas e são, indevidamente, tratados como algo de pouca relevância.

É uma atividade gamificada, realizada em plataforma virtual, que está estruturada em 02 etapas:

1ª Etapa: Download do Aplicativo e participação do Game “Semana da Cidadania”. Se iniciará com a participação individual dos candidatos no Game (jogo), com o tema “Semana da Cidadania”.

2ª Etapa:  Participação no Concurso de vídeos (até o dia 31/05/2021). Somente os participantes que alcançarem o Score Total na 1ª Etapa do Game estarão habilitados a participar da 2ª Etapa (Concurso de Vídeo), cujo objetivo é a produção de um vídeo, com tempo máximo de duração de 01 minuto, com o tema: “ 01 Minuto de Cidadania”.

Serão premiados os 10 melhores vídeos com notebooks e certificados emitidos pela CGU. Além disso, os autores dos vídeos vencedores terão as suas criações publicadas nas páginas e redes sociais da CGU, a fim de dar publicidade a esses trabalhos e estimular outros jovens e adolescentes a serem protagonistas da ação de combate à corrupção.


Vem aí o 12º Concurso de Desenho e Redação

 

Lançamento em dezembro de 2020 e encerramento até o dia 30 de agosto de 2021.



CONVERSANDO A GENTE SE ENTENDE é o tema da 12ª edição do Concurso de Desenho e Redação realizado pela Controladoria-Geral da União – CGU. O objetivo da iniciativa é despertar nos estudantes o interesse por assuntos relacionados ao controle social, à ética e à cidadania, por meio do incentivo à reflexão e ao debate destes assuntos nos ambientes educacionais. O Concurso é direcionado a estudantes regularmente matriculados em escolas públicas e privadas de todo o Brasil.

 Nas categorias de 1º ao 5º ano do ensino fundamental, os alunos poderão concorrer com trabalhos do tipo "Desenho". Nas categorias de 6º ao 9º ano do ensino fundamental, 1º ao 3º do ensino médio, incluindo alunos matriculados na modalidade jovens e adultos (EJA) os alunos poderão concorrer com trabalhos do tipo “Redação”. E ainda na categoria Escola Cidadã, as escolas poderão concorrer com trabalhos do tipo “Plano de Mobilização”.

 A escola  pode mobilizar todos os seus alunos para discutir o tema e produzir trabalhos, contudo deve selecionar apenas um (01) trabalho de cada categoria (série escolar) dentre todos os trabalhos produzidos pelos alunos para concorrer nesta edição.


A inscrição deverá ser realizada, pela escola, por meio do Sistema Eletrônico do CDR, basta acessar: educacaocidada.cgu.gov.br


Tome nota:

12º Concurso de Desenho e Redação da CGU - 2021
INSCRIÇÕES ABERTAS EM DEZEMBRO! Mobilize os alunos para discutir o tema, escrever redações e desenhar!


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Fim das coligações para eleições proporcionais bom ou ruim?

 




A Emenda Constitucional nº 97/2017 estabeleceu o fim das coligações partidárias nas eleições para o pleito municipal de 2020. Isso é bom ou ruim para candidaturas alternativas?

Quando falo em candidaturas alternativas me refiro àquelas mais à esquerda, defensoras de ideologias progressistas e emancipatórias para o conjunto da sociedade.

Em minha avaliação essa mudança foi ruim. Por exemplo, tem um partido que nas últimas eleições proporcionais elegeu um vereador na capital, um deputado estadual e outro federal. Se fosse nas regras atuais, não teria feito nenhum deles. Ou seja, a coligação foi o fator preponderante para a eleição.

Com o fim das coligações não terremos mais o "efeito tiririca", mas podemos estar sujeitos a eleger, em maior número, aqueles com grande poderio econômico e aglutinador de apoios políticos. Enfim, que eu possa estar errado.

O que você acha?