Por que o Estado e os municípios precisam de controle?


Por Welliton Resende*

A palavra controle sempre esteve ligada às finanças. Em francês, contrôler significa registrar, inspecionar, examinar. A palavra é originária de contre-rôle, registro efetuado em confronto com o documento original, com a finalidade da verificação da fidedignidade dos dados. Para o direito inglês, significa vigilância. No italiano, controllo é o mesmo que registro ou exame. Consagrou-se o vocábulo, na técnica comercial, para indicar inspeção ou exame que se processa nos papéis ou nas operações registradas nos estabelecimentos comerciais.

Ao longo do tempo, o termo controle passou a incorporar diversas finalidades e não somente no que se refere às finanças. Portanto, os controles internos são todas as políticas e os procedimentos adotados pela administração pública, a fim de mitigar os riscos e melhorar processos, para maximizar os resultados. Entretanto, o controle interno, enquanto órgão da estrutura organizacional, não deve ficar restrito aos aspectos da legalidade dos atos da administração pública. 

No meu livro (link da bio do Instagram) afirmo que todo processo de gestão, público ou privado, é composto por três fases básicas: planejamento, execução e controle. Essas fases são cíclicas e alimentam uma à outra. Assim, o controle pode ser entendido como uma maneira de manter o equilíbrio na relação entre povo e Estado, garantindo que este cumpra com as promessas de campanha.

*Resende é federal e professor auditor de Gestão Pública. Siga Resende no Insta para mais dicas legais: @prof.wellitonresende

(arte do post por @/neelcreative via Instagram) 
 

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