A construção do mito da brasilidade

Dissecando Jessé Souza


A-Que pergunta o texto procura responder?

-Por que o Brasil se percebe como “mercado” e os países desenvolvidos se percebem como “sociedade”?

B-Qual a tese central do texto?

-DNA coletivo baseado na nossa história

C-Que argumentos sustentam a tese?

Arrumar uma tábua de salvação para um país recém-autônomo (1822), composto em sua imensa maioria de escravos, homens livres incultos/analfabetos acostumados a obedecer e não a serem livres.

O tema da natureza foi o primeiro. Recorrente no decorrer do século 19 na prosa, na poesia, na construção de nossa literatura e nas imagens de grandeza do grande “país do futuro”, “deitado em berço esplêndido”, apenas esperando para ser acordado e cumprir seu grande destino dentre os grandes povos da terra.

O tema “imagem positiva” para um “povo de mestiços” foi o segundo. Durante todo o século 19 e até a década de 1920, o paradoxo da identidade nacional brasileira vai ser materializado, precisamente, com base na impossibilidade, num contexto histórico em que o racismo possui “prestígio científico” internacional, de se construir uma “imagem positiva” para um “povo de mestiços”. Foi a  “virada culturalista” levada a cabo por Gilberto Freyre com a publicação de Casa-grande & senzala em 1933.

Tiro no pé. O nosso mito da cordialidade é a aversão a toda forma de explicitação de conflito e de crítica.  Por conta disso nosso debate acadêmico e político é tão pobre e tão pouco crítico. A aversão ao conflito é o núcleo de nossa “identidade nacional”, na medida em que penetrou a alma de cada um de nós de modo afetivo e incondicional.


Por Welliton Resende
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