segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O legado de Flávio Dino

"O estado quer crescer com emprego, educação, saúde e segurança sem, no entanto, esquecer-se do principal que é a honestidade na aplicação dos recursos públicos".

Welliton Resende


O temo "terra arrasada" significa uma tática de guerra utilizada pelos russos para se valeram contra as incursões napoleônicas e hitleristas em seu território, que consistia basicamente em avançar para o interior do país, ao passo que se destruía tudo, de alimentos a acomodações, nas regiões abandonadas, de modo que se inutilizavam tais recursos para as tropas invasoras (wiki). Em síntese, destruíam tudo que pudesse ajudar, apoiar ou favorecer as tropas inimigas.


Aqui no Maranhão, os governos anteriores, com raríssimas exceções, utilizaram-se sobejamente desta tática russa. Resultado, foram muito eficazes a ponto de levar o estado ao penúltimo lugar na avaliação feita pelo Atlas de Desenvolvimento Humano, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), com um índice de 0,639 (quanto mais perto de um, melhor), suplantado apenas por Alagoas, com 0,631. Mais: 26% dos 6,8 milhões de habitantes estão abaixo da linha da pobreza, com renda per capita de R$ 70 por mês.


Caros leitores, este é o legado que o advogado, ex-juiz de Direito e ex-deputado federal Flávio Dino terá de administrar a partir de primeiro de janeiro do ano que vem. Convenhamos, um cenário nada cômodo. Eleito com 64% dos votos ele tem, acima de tudo, legitimidade para tomar todas as medidas necessárias para reverter este caos.
Flávio Dino (PCdoB), governador eleito do MA


O estado quer crescer com emprego, educação, saúde e segurança sem, no entanto, esquecer-se do principal que é a honestidade na aplicação dos recursos públicos. Precisamos urgentemente de transparência e controle social. Protagonizar o cidadão nesses quesitos é a grande missão do novo governador.


Embora seja uma triste realidade, paira no inconsciente coletivo da população que tudo aquilo que diz respeito ao governo do Estado gera a desconfiança de que efetivamente servirá ao cidadão e não somente a poucas famílias que já ostentam riquezas faraônicas. Fortalecer instituições como a Controladoria-Geral do Estado (CGE) e Corregedoria-Geral do Estado é mais que necessário.


Um novo Maranhão é possível, eu acredito!




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