Comissão de Ética da Presidência deu "puxão de orelha" em ministro
O Globo
O uso de um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir ao Rio ver a final da Copa das Confederações, em junho, rendeu uma advertência formal da Comissão de Ética da Presidência ao ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. O ministro usou o avião para ir a um evento oficial no Ceará, na sexta-feira, e de lá foi ao Rio, também em voo da FAB, onde passou o fim de semana para poder assistir ao jogo.
Quando a viagem foi noticiada, o ministro informou que iria ressarcir o Erário pela viagem, mas não informou o valor. O presidente da Comissão de Ética da Presidência, Américo Lacombe, minimizou a advertência a Garibaldi.
- Ele foi advertido porque não foi uma coisa muito grave. Levou um puxão de orelha para não fazer mais isso - disse Lacombe, que classificou o episódio como imprudência.
Para ver o mesmo jogo da seleção brasileira, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) - primo de Garibaldi -, também requisitou um avião da FAB, para ir de Natal ao Rio, acompanhado de familiares e amigos. Depois que o fato ganhou publicidade, Henrique Alves também informou que iria devolver aos cofres da União R$ 9,7 mil.
Dois meses antes, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou aeronave oficial para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), no Sul da Bahia. Também prometeu ressarcir o Tesouro em R$ 32 mil.
Na reunião de ontem, a Comissão de Ética também decidiu arquivar um procedimento para investigar se a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, havia se excedido ao acusar a oposição de ser responsável pelos boatos que geraram pânico entre beneficiários do Bolsa Família. A Polícia Federal não conseguiu apurar de onde partiram as notícias que fizeram milhares de pessoas lotarem as agências da Caixa Econômica Federal para sacar os recursos.
Lacombe também disse que a Comissão de Ética vai intimar por edital o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, detido na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, acusado de participar de uma organização criminosa que agia para obter pareceres técnicos fraudulentos.
Garibaldi Alves, ministro da Previdência |
O Globo
O uso de um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir ao Rio ver a final da Copa das Confederações, em junho, rendeu uma advertência formal da Comissão de Ética da Presidência ao ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. O ministro usou o avião para ir a um evento oficial no Ceará, na sexta-feira, e de lá foi ao Rio, também em voo da FAB, onde passou o fim de semana para poder assistir ao jogo.
Quando a viagem foi noticiada, o ministro informou que iria ressarcir o Erário pela viagem, mas não informou o valor. O presidente da Comissão de Ética da Presidência, Américo Lacombe, minimizou a advertência a Garibaldi.
- Ele foi advertido porque não foi uma coisa muito grave. Levou um puxão de orelha para não fazer mais isso - disse Lacombe, que classificou o episódio como imprudência.
Para ver o mesmo jogo da seleção brasileira, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) - primo de Garibaldi -, também requisitou um avião da FAB, para ir de Natal ao Rio, acompanhado de familiares e amigos. Depois que o fato ganhou publicidade, Henrique Alves também informou que iria devolver aos cofres da União R$ 9,7 mil.
Dois meses antes, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou aeronave oficial para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), no Sul da Bahia. Também prometeu ressarcir o Tesouro em R$ 32 mil.
Na reunião de ontem, a Comissão de Ética também decidiu arquivar um procedimento para investigar se a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, havia se excedido ao acusar a oposição de ser responsável pelos boatos que geraram pânico entre beneficiários do Bolsa Família. A Polícia Federal não conseguiu apurar de onde partiram as notícias que fizeram milhares de pessoas lotarem as agências da Caixa Econômica Federal para sacar os recursos.
Lacombe também disse que a Comissão de Ética vai intimar por edital o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, detido na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, acusado de participar de uma organização criminosa que agia para obter pareceres técnicos fraudulentos.
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