Exame
Sorocaba - Alegando ter encontrado as prefeituras quebradas financeiramente ou com irregularidades nas contas, prefeitos que assumiram em janeiro decidiram cancelar o carnaval de rua em cidades do interior de São Paulo.
Em Porto Feliz, região de Sorocaba, o prefeito Levi Rodrigues Vieira (PSD) suspendeu a festa por ter encontrado déficit de R$ 10 milhões nos cofres municipais. Ele convocou os dirigentes de escolas de samba para comunicar a decisão de não fazer o repasse de verbas até pôr as contas em dia. O presidente da Acadêmicos da Barra, Murilo Borin, lamentou, já que a escola pretendia comemorar na avenida seus 40 anos de existência.
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Estância turística, Presidente Epitácio também passará 2013 sem o mais tradicional carnaval de rua do oeste paulista. "O carnaval este ano é no início de fevereiro e não temos de onde tirar a verba de R$ 1,2 milhão para bancar os desfiles", anunciou o prefeito Sidnei Junqueira (PSB). Ele prometeu voltar com a festa em 2014. A presidente da Liga das Escolas, Dilma Favaretto, disse que os associados entenderam a falta de tempo para a obtenção dos recursos - a festa aconteceria de 9 a 12 de fevereiro. No ano passado, o carnaval de rua atraiu 40 mil foliões.
O prefeito de Guaratinguetá, Francisco Carlos (PSDB), alegou que a ausência de transição de governo atrapalhou os preparativos e levou ao cancelamento dos desfiles das escolas de samba. A gestão anterior, segundo ele, não iniciou os processos de licitação para a festa, que coincide com o segundo mês da nova gestão. A indefinição fez com que as próprias escolas ficassem inseguras para investir na preparação dos desfiles. De acordo com a prefeitura, a cidade do Vale do Paraíba terá este ano uma programação especial apenas com os blocos carnavalescos.
As prefeituras de São Carlos, no centro-leste paulista, e de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, alegaram irregularidades na prestação de contas das escolas para cancelar os desfiles. De acordo com o secretário de Cultura de São Carlos, Ney Vilela, a análise das contas do carnaval de 2012 apontou R$ 106 mil em notas fiscais irregulares. O presidente da Liga das Escolas, Paulo dos Santos, disse que o parecer da comissão que analisa as contas não é definitivo.
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