Operação porto seguro: Futuro dos servidores será definido nos próximos dias

Sindicância da AGU aponta para abertura de processo contra funcionários, e Casa Civil estende prazo

 Jornal Zero Hora

Nos próximos dias, o futuro funcional dos servidores suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de pareceres técnicos do governo começará a ser definido. Entre eles, estão o ex-advogado-geral adjunto José Weber Holanda, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, e os irmãos Rubens e Paulo Vieira, respectivamente ligados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e à Agência Nacional de Águas (ANA).

O caso do ex-braço direito do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, é o que parece estar mais próximo de uma definição. Ao que tudo indica, Weber irá responder a processo disciplinar e pode ser exonerado do serviço público.

Conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo, uma comissão de sindicância da Advocacia-Geral da União (AGU) que nos últimos 30 dias analisou a conduta de Weber e outros quatro servidores do órgão concluiu que todos eles terão de responder a processos disciplinares. O ex-adjunto de Adams e os demais servidores suspeitos são alvos de uma comissão de sindicância criada pela Casa Civil. Por decisão do governo, as investigações foram prorrogadas por mais 10 dias. O grupo que forma a comissão de sindicância da Casa Civil é constituído de três servidores.

Todos os funcionários envolvidos nas irregularidades foram afastados ainda em novembro, logo em seguida às revelações da Operação Porto Seguro. Posteriormente, a Polícia Federal indiciou 23 pessoas investigadas na operação por crime de corrupção passiva e formação de quadrilha, entre outros. A Comissão de Ética Pública da Presidência também apura o envolvimento Rosemary, Weber e os irmãos Vieira nas irregularidades.

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