Crítica: Gonzaga-De pai prá filho





Por Welliton Resende

Ontem fui ver o filme "Gonzaga-De pai prá filho" e sai da sala como se estivesse feito uma viagem pela alma do povo nordestino. O diretor Breno Silveira, o mesmo que dirigiu o sucesso "Os dois filhos de Francisco", soube retratar com maestria os episódios mais marcantes do nosso "rei do baião", Luis Gonzaga.

A temática voltada para a exploração do ambiente patológico de uma relação conturbada entre pai e filho,  tem como pano de fundo as cenas mais comuns da região mais atrasada do Brasil. E o problema, caro leitor, é que mudou muito pouco a nossa realidade de miséria e abandono. As cenas retratadas no semi-árido dos anos 40 ainda teimam em persistir no cotidiano do sertanejo.

"Gonzaga-De pai para filho" tem entre seus pontos fortes a trilha sonora, que traz os principais sucessos do Gonzagão e a clássica "sangrando" de Gonzaguinha, simplesmente uma das canções mais belas já compostas para a MPB no últimos anos.

Outro fator de destaque é a bela fotografia do filme, um dos pontos fortes de Silveira. E o melhor de tudo, o filme acaba bem, ou seja, bem diferente da história real dos dois personagens. Simplesmente, dois dos maiores gênios já produzidos na cena cultural brasileira. Se vale a pena ver o filme?-Respondo que o quanto antes.


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