A "novela" do piso dos professores


Por Jorge Moreno

Seis governadores entraram com ação no Supremo Tribunal Federal contra a forma de cálculo do reajuste do piso. Essa discussão parece não ter fim, sempre aparece ou tem alguma alegação de inconstitucionalidade, com o único objetivo de travar a conquista.

Pensamento, aliás, antigo, que remonta às discussões de parte da sociedade brasileira e de alguns representantes da Constituinte de 1823, em que se defendia a formação do professorado a partir de pessoal qualificado, que apresentasse provas de saber e de moralidade, bem como a garantia de vantagens para o exercício da função, a fim de que o trabalho docente se transformasse em uma profissão e não apenas um "bico".

Debate que se inseria, diga-se de passagem, dentro da lógica anticolonialista da época, de realizar a independência do Brasil, apartar-se definitivamente de portugal, formando uma outra nação. Desde lá essa luta incansável para tratar a docência como profissão a ser respeitada, com salário digno e adequado para o seu desempenho.

É triste e sintomática essa visão, que já perdura quase dois séculos, que vê na remuneração justa do professor o motivo para a "falência do Estado".Como se tem dito: direito não se pede, não se negocia, direito se exige!

Bandeiras nas ruas!

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