O Maranhão e a "caveira de burro"


Existe de fato uma "cabeça de burro" enterrada no Maranhão?

O Maranhão e a "caveira de burro"
A despeito dos (des) governos que o Maranhão  teve até a primeira metade dos anos 60, a nossa população desenvolveu um processo acentuado de baixa autoestima. E estes fatos são brilhantemente narrados pelo historiador Mário Meirelles.
Voltando ao tema, qualquer sinal de avanço, de progresso, era recebido com desânimo e pessimismo, sob a alegação desalentadora de “isto não é pra cá, para o Maranhão”, e tal desesperança e abatimento acabava, por sugestão ou coincidência, dando certo, reforçando-se ainda mais o mito arraigado no espírito público de que o Maranhão tinha, de fato, a malfadada “caveira de burro” enterrada em seu território.

Tal qual a alma penada de Ana Jansen, que assombrava as ruas do centro histórico de nossa São Luís(MA), o mito da “caveira de burro” foi se robustecendo no inconsciente coletivo de nossa população.

A origem desta crendice, de natureza incerta, bem que poderia ser corroborada pelo fato verídico de os restos mortais de Joaquim Silvério dos Reis (ele mesmo, o traidor dos inconfidentes mineiros) está enterrado em São Luís(MA); precisamente na Igreja de São João. No entanto, as sucessivas reformas realizadas por religiosos alheios à nossa História destruíram o túmulo que ficava no ossuário, à esquerda de quem adentra o templo.

Joaquim Silvério dos Reis chegou ao Maranhão e faleceu em nossa capital em 17 de fevereiro de 1819.
Eis, aí, um bom motivo para reforçar o mito da “caveira de burro”.


Publicado no Jornal Pequeno 

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