Jorge Hage, Ministro-Chefe da CGU |
BRASÍLIA. O ministro-chefe da Controladoria Geral da União
(CGU), Jorge Hage, elogiou a aprovação pela Comissão de Reforma do
Código Penal da proposta que classifica como crime o enriquecimento
ilícito de juízes, políticos e servidores, mas a considerou ainda tímida
e alertou que pode "acabar em cesta básica". Para o ministro-chefe, o
melhor seria aprovar o projeto de lei apresentado pelo Executivo há sete
anos.
- Lamentamos apenas que a proposta da comissão seja mais tímida, que prevê pena de um a cinco anos; a do Executivo prevê de três a oito anos - disse o ministro, ressaltando que com a pena mínima fixada em um ano tudo pode acabar em "cesta básica". Jorge Hage também considerou muito "conservadora" a proposta da comissão para os crimes de corrupção ativa e passiva, porque fixa a pena entre três e oito anos. Segundo ele, um projeto, também enviado ao Congresso em 2009, fixava a pena entre quatro e 12 anos. Além disso, a proposta tornava o crime hediondo quando praticado por altas autoridades dos primeiros escalões dos três Poderes da República, nos três níveis da administração pública: federal, estadual e municipal. Para o ministro, um dos pontos mais importantes ainda a ser resolvido é em relação à ordem processual, devido ao excesso de recursos na justiça e outros meios de protelação do andamento dos processos. - É preciso aprovar urgentemente a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que está no Senado e que retira o efeito suspensivo dos recursos especial e extraordinário. Só assim o país conseguirá acabar com a impunidade, colocando os grandes corruptos e corruptores na cadeia - defende. |
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