terça-feira, 10 de abril de 2012

Central do Maranhão, terra de ninguém



Blog do Nildo Costa

Um município jogado pras cobras. É assim o Município de Central do Maranhão a 380 Km de São Luis.
A cidade completamente abandonada, sem infra-estrutura, sem saneamento básico e de um povo sem perspectiva.
Os jovens, a maioria deixando a cidade por não encontrar esperança de sobrevivência, o destino como sempre o Estado de São Paulo, mas agora Brasília se tornou o novo rumo dos centralenses.
Veja estas fotos, de um Projeto do Governo Federal no valor quase quinhentos mil reais, que foi feito dentro do mato e tem apenas uns cinqüenta metros de extensão.
 
Para o valor que foi pago, é muito pequeno.
Esta outra foto é da feira livre da cidade, uma das mais antigas do estado, completamente abandonada, quem vende farinha tem que colocar ao solo, alimentos são comercializados sem nenhuma condição de higiene, tudo exposto, carne, peixe, camarão. Etc.
Talvez você ler isso e se pergunta, porque isso ainda acontece?
Eu respondo, é porque não tem prefeito, vive no abandono.
Uma cidade onde um professor vai pra sala de aula, com apenas cinco alunos, no meio de mais de 4 mil habitantes?
É porque não tem nenhum incentivo para ir á escola.
Uma cidade que não tem um complexo esportivo, é porque o gestor não se conscientizou que o maior programa de inclusão social é a pratica de esporte.
O estádio da cidade esta abandonado, as três quadras também, então os jovens sem nada para fazer vão para o caminha errado, o uso de drogas é tremendo, ao céu aberto e á luz do dia, assaltos são freqüentes, isso em uma cidade de apenas 4 mil habitantes.
Em Central do Maranhão os professores não receberam abono salarial, alguns estão desde dezembro sem receber salários.
Os alguns trabalhadores contratados, não receberam o 13° salário.
Os agentes de saúde do Município de Central do Maranhão, são os únicos do país que recebem menos um salário mínimo por mês.
O mais grave é que a Prefeitura dividi um salário mínimo para duas pessoas, que trabalham na mesma função, como vigia de poço artesiano e estádio de futebol.

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