O Dia Internacional da Mulher


Por Danielle Cabral Marinho*


Transcendendo a visão simplista de data comemorativa no calendário, para aquecer as vendas e propagar a mensagem de que as ‘mulheres já conquistaram o seu espaço’, o Dia Internacional da Mulher foi oficializado, em 08 de março de 1975, pela Organização das Nações Unidas – ONU, em reconhecimento ao longo e árduo processo de lutas das mulheres trabalhadoras em todo o mundo, pela conquista dos seus direitos civis, políticos e sociais.


Nesta perspectiva, a celebração da data deve ser marcada não apenas por homenagens, mas motivar além de tudo, discussões em âmbito internacional, a fim de superar todas as formas de discriminação e violência ainda sofrida pelas mulheres na atualidade, bem como destacar a importância do seu papel em prol de uma sociedade mais justa.

Em 24 de fevereiro deste ano, completamos oito décadas pela conquista do direito ao voto feminino. O Brasil foi um dos pioneiros na América Latina a conceder este direito, através do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, no governo de Getúlio Vargas. A partir de então, a mulher passou a participar do mundo público e político, antes considerado reduto exclusivamente masculino. Também merece destaque a Lei nº 11.340, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 07 de setembro de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, esta criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Com alguns de seus direitos assegurados, as mulheres tiveram acesso e oportunidade para exercer vários papéis na sociedade e, no campo político brasileiro isto não demorou a se concretizar. Logo, em 1933, mesmo com chances remotas, Carlota Pereira de Queirós tornou-se a primeira deputada federal brasileira. E outros nomes também receberam destaque pelo fato terem sido estas, algumas das pioneiras, mais conhecidas a ocupar cargos políticos, como Eunice Michiles (Senadora), Esther de Figueiredo Ferraz (Ministra), Roseana Sarney (Governadora) e Dilma Rousseff (Presidente).

Nesse cenário as mulheres demonstraram força, consciência e bravura, sem ao mesmo tempo perder a ternura, amor e sensibilidade. E nesta data memorável, com um breve resgate em alguns pontos importantes de sua história, o blog cede espaço para prestar sua homenagem especial às mulheres, propiciando reflexão sobre a temática e ousando um pouco mais ao convidar você leitor (a) para interagir conosco, deixando sua sugestão, após leitura do trecho abaixo:

- Apesar dos avanços e das mulheres serem maioria na população, recentemente a ONU cobrou do Brasil por ter poucas mulheres ocupando lugares no Congresso Nacional. 


“Segundo o Cedaw (Comitê das Nações Unidas para Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher), apesar de o Brasil ter mulheres em pontos-chave da administração federal, a começar pela presidente da República, Dilma Rousseff, e das dez ministras que fazem parte de seu governo, a atual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares. De acordo com a representante do Brasil nos organismos internacionais em Genebra, embaixadora Maria Nazaré Farani, é preciso reconhecer que, nesse tema, o Brasil não conseguiu avançar muito”.


Haja vista que o controle social exercido pela sociedade também é uma forma de garantir à implementação efetiva das políticas voltadas para as mulheres, o que você sugere para fortalecer a atuação das mulheres na formulação, deliberação, monitoramento, avaliação e financiamento destas políticas públicas? Participe!



*DANIELLE CABRAL MARINHO – Pós-Graduanda MBA em Auditoria, Controladoria e Finanças; Possui graduação nos cursos de Administração e Pedagogia; Professora da Rede Municipal de São Luís; Exerceu também os cargos: Assessora Técnica e Secretária de Educação do Município de Urbano Santos e atuou  como colaboradora da Universidade Federal do Maranhão no Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica - PARFOR.

Comentários

  1. Ótimo texto minha amiga Danielle Marinho. A mulher conquistou o seu espaço de direito nas decisões politicas em nosso país, porém essa desigualdade de representação e lideranças na sociedade, deve-se muito a sociedade machista que ainda vivemos. Existem maridos, noivos e namorados que impedem e bloqueiam as suas companheiras em exercerem a sua cidadania por serem machistas e inseguros. Devemos pensar em estratégias, até mesmos educacionais para mudar esta sociedade machista que ainda vivemos. Viva as Mulheres!!!!

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