sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Série eleições 2012: Como agem os candidatos picaretas



Para se vencer uma eleição para prefeito não precisa ter carisma, morar no município (como pensam alguns) ou mesmo conhecer a comunidade.

Basta apenas ter dinheiro no bolso e na conta bancária. Ficaram surpresos? Pois este é o ensinamento que as últimas eleições municipais deixaram no Maranhão.

No caso de uma eleição de prefeito, basta fazermos uma conta bem simples. Vamos multiplicar a quantidade de eleitores por 100. Ou seja, cada voto poderá ser comprado por R$ 100,00. Não precisa nem fazer campanha.

Desse modo, uma eleição em um município de 15 mil eleitores custaria a bagatela de, no mínimo, R$ 1,5 milhões. É óbvio que esse dinheiro não sairia do próprio bolso de nenhum candidato. Ele será conseguido junto a agiotas.

Detalhe, se um agiota emprestar R$ 1,5 milhões ele deverá receber cinco vezes este valor, ou seja, R$ 7,5 milhões. E caso quem tomou o empréstimo não faça o pagamento, corre um sério risco de ter a sua integridade física, ou de sua família, afetada. Basta nós vermos a quantidade de prefeitos que foram brutalmente assassinados nos últimos anos no Maranhão.

Entenderam agora por que os municípios ficam totalmente paralizados durante os 4 anos da administração municipal. Por conta de pagamentos de dívidas de campanha com os agiotas. É o que os prefeitos chamam costumeiramente de "arrumar a casa".

Além dos agiotas, uma outra forma é a manipulação de recursos federais ou estaduais. Basta, por exemplo, colocar o Projovem para ser administrado por uma ONG picareta, destas que existem aos milhares no País, e dizer à população que aquele programa foi determinado candidato que "conseguiu".

A moda hoje, é a manipulação utilizando-se casas populares ou de assentamentos rurais. O INCRA não fiscaliza absolutamente nada e as associações, sindicatos e, até, prefeituras, deitam e rolam.

Uma lástima para um país que quer ser sério!
 

2 comentários:

  1. Tudo que foi relatado eu presenciei no ano de 2005 em um Município Maranhense,dinheiro jorrando na campanha de alguém que nunca tinha ido lá,mas com vário cabos eleitorais trabalhando dia e noite! Final: O candidato foi eleito a deputado estadual.Representa uma região que nem conhece e hj a região se tornou apenas uma "mercadoria",pagou ,levou e jogou fora as promessas.

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  2. Tal prática é costumeira, aqui mesmo, em São Luís. Tendo grana e quem se vende é eleição garantida. Outra prática são os rateios dos cargos da câmara de vereadores e demais cargos na Prefeitura de São Luís aos amigos do Rei. Acredito, Rezende, que o combate eficiente à corrupção passar, necessariamente, pela reeducação dos ludovicenses.

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