Série eleições 2012: Como agem os candidatos picaretas



Para se vencer uma eleição para prefeito não precisa ter carisma, morar no município (como pensam alguns) ou mesmo conhecer a comunidade.

Basta apenas ter dinheiro no bolso e na conta bancária. Ficaram surpresos? Pois este é o ensinamento que as últimas eleições municipais deixaram no Maranhão.

No caso de uma eleição de prefeito, basta fazermos uma conta bem simples. Vamos multiplicar a quantidade de eleitores por 100. Ou seja, cada voto poderá ser comprado por R$ 100,00. Não precisa nem fazer campanha.

Desse modo, uma eleição em um município de 15 mil eleitores custaria a bagatela de, no mínimo, R$ 1,5 milhões. É óbvio que esse dinheiro não sairia do próprio bolso de nenhum candidato. Ele será conseguido junto a agiotas.

Detalhe, se um agiota emprestar R$ 1,5 milhões ele deverá receber cinco vezes este valor, ou seja, R$ 7,5 milhões. E caso quem tomou o empréstimo não faça o pagamento, corre um sério risco de ter a sua integridade física, ou de sua família, afetada. Basta nós vermos a quantidade de prefeitos que foram brutalmente assassinados nos últimos anos no Maranhão.

Entenderam agora por que os municípios ficam totalmente paralizados durante os 4 anos da administração municipal. Por conta de pagamentos de dívidas de campanha com os agiotas. É o que os prefeitos chamam costumeiramente de "arrumar a casa".

Além dos agiotas, uma outra forma é a manipulação de recursos federais ou estaduais. Basta, por exemplo, colocar o Projovem para ser administrado por uma ONG picareta, destas que existem aos milhares no País, e dizer à população que aquele programa foi determinado candidato que "conseguiu".

A moda hoje, é a manipulação utilizando-se casas populares ou de assentamentos rurais. O INCRA não fiscaliza absolutamente nada e as associações, sindicatos e, até, prefeituras, deitam e rolam.

Uma lástima para um país que quer ser sério!
 

Comentários

  1. Tudo que foi relatado eu presenciei no ano de 2005 em um Município Maranhense,dinheiro jorrando na campanha de alguém que nunca tinha ido lá,mas com vário cabos eleitorais trabalhando dia e noite! Final: O candidato foi eleito a deputado estadual.Representa uma região que nem conhece e hj a região se tornou apenas uma "mercadoria",pagou ,levou e jogou fora as promessas.

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  2. Tal prática é costumeira, aqui mesmo, em São Luís. Tendo grana e quem se vende é eleição garantida. Outra prática são os rateios dos cargos da câmara de vereadores e demais cargos na Prefeitura de São Luís aos amigos do Rei. Acredito, Rezende, que o combate eficiente à corrupção passar, necessariamente, pela reeducação dos ludovicenses.

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